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MATO GROSSO

Polícia Civil cumpre mandado de prisão de padrasto que estuprou enteada de 11 anos em Sinop

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A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Defesa da Mulher, Criança, Adolescente e Idoso de Sinop, cumpriu nesta segunda-feira (19.08), o mandado de prisão preventiva de um homem investigado por estupro de vulnerável praticado contra a enteada de 11 anos.

As investigações iniciaram no dia 1º de agosto, após a mãe da vítima procurar a Delegacia da Mulher e registrar um boletim de ocorrência contra o companheiro, com quem convivia há três anos junto a dois filhos de outro relacionamento.

No dia dos fatos, quando chegou em casa, a mãe foi procurada pela filha que contou que o padrasto havia “mexido” com ela, ocasião em que ele levou a vítima para o quarto e pediu para ela tirar a roupa, e em seguida sentiu muita dor.

Após as informações passadas pela mãe, a vítima foi ouvida por uma psicóloga da Delegacia da Mulher e por meio da escuta especializada e foi possível confirmar a situação do abuso sofrido. A criança passou por exame de corpo de delito que atestou a prática de conjunção carnal condizente com o relato da vítima.

Interrogado, o suspeito negou a prática do crime e ainda tentou alegar que a vítima era quem colocava as mãos dele nas partes íntimas dela.

Após ter a ordem de prisão cumprida, o suspeito foi encaminhado para a Central de Flagrantes e posteriormente conduzido para a Penitenciária Doutor Osvaldo Florentino Leite, ficando à disposição da Justiça.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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