Nesta segunda-feira (19/08), a primeira-dama de MT, Virginia Mendes, juntamente com a secretária de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc), Grasi Bugalho, fez a entrega de sete caminhonetes para atender ao programa SER Família Indígena.
Os veículos foram adquiridos por meio do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf). O investimento de R$ 1,6 milhão tem a finalidade de atender os povos indígenas que trabalham com a agricultura familiar.
Além das caminhonetes, a Setasc recebeu dois caminhões, também da Seaf, para atender às ações do Programa SER Família, com um investimento de R$ 840 mil. O total de investimentos é de R$ 2.450.000,00.
De acordo com a primeira-dama Virginia Mendes, considerada madrinha dos povos indígenas, as caminhonetes foram articuladas a pedido dela para a Superintendência de Assuntos Indígenas da Setasc, sob a gestão do superintendente Agnaldo dos Santos, com o apoio da secretária Grasielle Bugalho e a parceria com a Seaf.
“Quero agradecer a parceria da secretária Grasielle e do Agnaldo, que têm feito um excelente trabalho junto aos povos indígenas, trazendo as demandas e nos ajudando a atendê-los; e à secretária Andréia, que acabou de assumir a Seaf e com certeza vai nos ajudar com as ações”, reconheceu.
“Para mim é uma honra receber os povos indígenas no Palácio. Eu acho que tenho uma alma indígena; me chamar para ir a uma aldeia é o maior convite para mim. Gosto da tradição, das danças, e me sinto muito bem nas aldeias”, disse Virginia Mendes.
O deputado estadual Max Russi, presidente eleito da Assembleia Legislativa, destacou algumas particularidades da atual gestão de Governo, especialmente a atenção da primeira-dama com os assuntos indígenas.
“Acho que nunca participei de um evento para indígenas aqui na sala principal de reuniões do Palácio Paiaguás, e ainda com um valor simbólico muito grande. Eu costumo dizer que o governo tem que olhar de forma diferente para as comunidades que mais precisam. Dentro deste governo, nós temos uma primeira-dama diferenciada; ela faz um trabalho brilhante. Na questão indígena, por meio do olhar da dona Virginia, este governo tem atuado de forma eficiente”, ratificou Max Russi.
A secretária da Setasc ressaltou o apoio da Seaf com a destinação dos veículos e dos caminhões.
“Com esses dois caminhões que irão atender o SER Família Indígena, bem como todas as ações do programa SER Família, teremos condições de atender às demandas com mais agilidade. As ações só são possíveis de chegar até as aldeias porque existe um interesse deste governo em dar oportunidades aos povos indígenas, para que tenham autonomia para decidir o que é melhor para vocês, e a primeira-dama Virginia Mendes, enquanto madrinha, está nos dando a oportunidade de fazer esse atendimento transversal”, pontuou a secretária Grasi Bugalho.
“Fico feliz, enquanto representante legal da Seaf, em contribuir para o desenvolvimento dos povos indígenas. O programa SER Família Indígena é inspirador, pois nasceu no coração da primeira-dama Virginia Mendes, que atua com responsabilidade, sendo um programa de referência de desenvolvimento sustentável, sempre valorizando a cultura dos povos originários”, ratificou a secretária da Seaf, Andréia Fujioka.
O prefeito de Querência, Fernando Gorgen, reconheceu a atuação do atual governo a partir da sensível atuação da primeira-dama de MT, Virginia Mendes.
“De nada adiantaria tantos recursos se o governador Mauro Mendes não tivesse a sensibilidade da senhora para fazer as ações chegarem à ponta. Eu vi a senhora pessoalmente no Xingu e pude testemunhar o cuidado e o carinho que a senhora tem por eles. Este governo é um grande parceiro dos prefeitos, e nós, enquanto gestores municipais, precisamos ser mais eficientes em nossas ações para corresponder aos investimentos aplicados pelo Estado”, salientou Fernando Gorgen.
Tapi Kayabi, liderança indígena, refletiu sobre a escolha deles no nome do governador Mauro Mendes e da primeira-dama do Estado.
“Na primeira eleição, escolhemos o governador Mauro Mendes e a dona Virginia para ser nossa primeira-dama de Estado, e não sabíamos se teríamos um bom resultado. Eu vejo as fotos e as publicações, e eu não sonhava em estar aqui um dia recebendo algum benefício do nosso Estado. Se todos os gestores mudassem essa história do nosso Estado com relação aos povos indígenas, eu tenho certeza de que a gente não pediria, apenas estaríamos melhorando”.
O líder indígena Marcelo Munduruku ratificou o apoio que o Governo do Estado e o cuidado da primeira-dama têm com os povos originários.
“Com certeza, dona Virginia, este governo está fazendo a diferença na vida dos povos indígenas. Hoje, somamos 47 etnias em Mato Grosso; temos um papel fundamental de enriquecimento cultural e sustentável para o Estado. Creio que a diversidade de produção nas terras indígenas é um grande potencial que o Estado pode e deve estar auxiliando na biodiversidade, na bioeconomia e também na agricultura familiar, que é crucial para a produção de alimentos, tanto para a comunidade indígena quanto para o comércio”, afirmou.
A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.
A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.
De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.
A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.
Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.