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MATO GROSSO

Orçamento deve contemplar metas e estratégias da educação, diz Fórum

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As metas e estratégias tratadas nos Planos Estadual e Municipais de Educação devem ser contempladas nas peças orçamentárias para o exercício de 2025. O alerta consta em ofício do Fórum Intersetorial de Acompanhamento dos Planos de Educação (FIAPE) que será enviado a todos os prefeitos e vereadores dos 142 municípios de Mato Grosso, assim como ao Governo do Estado. A deliberação sobre a recomendação foi tirada em reunião realizada na quinta-feira (15) pelo Fórum.

Os investimentos, conforme o FIAPE, deverão ser distribuídos em rubricas específicas que contemplem todas as etapas, modalidades e níveis de ensino de acordo com o previsto nos planos estadual e municipais. A previsão orçamentária do Estado e de cada município deve ser aprovada a partir de setembro na Assembleia Legislativa e nas Câmaras Municipais.

“É imprescindível a união de esforços dos entes federativos em Mato Grosso para que corroborem com a destinação de recursos nos orçamentos previstos para 2025, haja vista a prorrogação do Plano Nacional de Educação – PNE para dezembro de 2025, visando a concretização das metas, sobretudo a responsabilização e o planejamento dos municípios”, destacou o promotor de Justiça Miguel Slhessarenko Júnior, coordenador do CAO Educação.

Em Mato Grosso, nove metas foram priorizadas: 1) Ampliação dos espaços físicos e estruturais para oferta de novas vagas em creches; 2) Aumento da oferta de vagas nas instituições de ensino e ampliação qualificada da oferta de todo o serviço de apoio aos alunos com deficiência na rede regular de ensino; 3) alfabetização até o 3º ano do Ensino Fundamental; 4) educação em tempo integral; 5) qualidade da educação básica; 6) elevar a taxa de alfabetização; 7) oferta da educação de jovens e adultos integrada  à educação profissional; 8) triplicar as matrículas da educação profissional;  9) efetivação da gestão democrática na educação.

A próxima reunião do FIAPE ocorrerá no dia 07 de novembro. Participam do Fórum representantes do Ministério Público de Mato Grosso, Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá, Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer de Várzea Grande, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Secretaria de Estado de Educação, Fórum Estadual de Educação,  Associação Mato-grossense dos Municípios, Sindicato dos Trabalhadores, Sindicato dos Servidores Públicos da Educação Profissional e Tecnológica de Mato Grosso, Conselho Municipal de Educação, Conselho Estadual de Alimentação Escolar, Assembleia Legislativa ,Câmara de Vereadores de Cuiabá, Conselho Municipal de Direitos da Criança e Adolescente, União Nacional dos Conselhos Municipais da Educação, Conselho Estadual de Educação, Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial, Comitê da Campanha Nacional da Educação de Mato Grosso, Comitê da Campanha Nacional pelo Direito à Educação em Mato Grosso e Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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MATO GROSSO

‘Justiça em Estações Terapêuticas e Preventivas’ garante tratamento humanizado a dependente químico

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Criado em 2013, o programa ‘Justiça em Estações Terapêuticas e Preventivas’, desenvolvido pelo Jecrim de Várzea Grande e parceiros, serviu de inspiração para o Conselho de Supervisão dos Juizados Especiais, criar a portaria n.º 3/2024. O regulamento prevê um protocolo de atendimento humanizado a quem portar cannabis sativa para consumo pessoal. O objetivo é acolher quem usa a substância e também seus familiares, conforme as necessidades apresentadas.  
 
A medida atende ao Tema 506 do Supremo Tribunal Federal (STF), que orienta para a aplicação de advertência e/ou medidas educativas, a quem estiver de posse de até 40g ou 06 plantas fêmeas de cannabis sativa. 
 
“O Justiça em Estações Terapêuticas e Preventivas foi catalogado exatamente nesse sentido. É exatamente pensar todo o sistema de atendimento, não só a pessoa dependente química, mas aos familiares. Sabemos haver um impacto direto na vida da família em decorrência da dependência química”, explica a juíza Amini Haddad Campos, idealizadora do programa. 
 
A partir da portaria n.º 3/2024, o modelo iniciado em Várzea Grande poderá ser replicado em todo o Estado. Uma estrutura que estará no escopo das opções de decisão para os magistrados dos juizados especiais criminais poderão trabalhar.  
 
“Por determinação do STF, os juizados especiais criminais serão os responsáveis pelo julgamento das condutas classificadas com porte de drogas sem autorização para consumo. No entanto, não tínhamos um procedimento regulamentado em lei, então propomos criamos um roteiro, conforme as diretrizes apontadas na decisão do STF: um atendimento acolhedor e humanizado”, recorda o juiz Hugo José Freitas da Silva, do Juizado Especial Criminal de Várzea Grande (Jecrim). O magistrado e o juiz Agamenon Alcântara Moreno Júnior são autores da proposta que deu origem à portaria.  
 
A normativa dá caminhos aos magistrados que poderão recomendar encaminhamentos à saúde pública; cursos de capacitação para reinserção ao mercado de trabalho, dentre outros. 
  
Em Várzea Grande, após as audiências, os usuários são encaminhados ao Núcleo Psicossocial Atendimento Humanizado.   “Caso essa pessoa compareça, terá todo acolhimento necessário e isso inclui seus familiares. São várias as situações: pode ser uma mãe que está usando droga e os filhos estão um pouco a mercê, precisamos pensar em quem cuidará dessas crianças e tratar essa mãe. Pode ser um pai desempregado, que será encaminhado para algum curso profissionalizante e inserido no mercado de trabalho. A partir dai entram as parcerias e programas”, descreve o juiz Hugo Silva.  
 
Uma dos programas é o ‘Estações Terapêuticas e Preventivas, que nasceu da parceria entre o juizado Especial Criminal do Município, o próprio Município e o Centro Universitário Univag. “É uma satisfação saber que um projeto como esse que ampara vidas, familiares, que sofrem em decorrência de uma condição de dependência química, poderá ser replicado conforme a realidade de cada município. A partir desses perfis, surgem as parcerias e seja construída uma rede pensada para a assistência e atendimento familiar.  Esta é uma abordagem benéfica para toda a comunidade”. 
 
Priscilla Silva 
Coordenadoria de Comunicação Social do TJMT 
imprensa@tjmt.jus.br
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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