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Agronegócio

Acre reduz exploração madeireira em 60% e avança em sustentabilidade

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Entre agosto de 2022 e julho de 2023, a exploração madeireira no Acre sofreu uma redução significativa, com uma diminuição de 60% na área explorada em comparação ao período anterior. Segundo o Sistema de Monitoramento da Exploração Madeireira (Simex), apenas 10.359 hectares de floresta foram explorados no último ciclo, uma queda expressiva em relação aos 25.667 hectares do ano anterior.

Esse declínio representa cerca de 15 mil hectares a menos de exploração. Em 2022, a área explorada havia mais que dobrado em comparação a 2021, atingindo um pico de 25.667 hectares. No entanto, 2023 trouxe uma inversão dessa tendência, que pode estar relacionada tanto à retração do mercado consumidor quanto a novas regulamentações mais rígidas e à pressão global por práticas mais sustentáveis.

Um estudo econômico realizado pelo Imaflora, com dados da plataforma TimberFlow, também aponta para uma queda no mercado madeireiro, evidenciada pela redução de 8% nas transações de madeira em tora registradas nos sistemas oficiais durante o mesmo período.

Apesar da diminuição na exploração, a atividade continuou concentrada principalmente em três municípios: Feijó, Rio Branco e Tarauacá. Júlia Niero Costa, analista do Imaflora, destaca que Feijó e Rio Branco, já líderes em 2022, consolidaram ainda mais essa posição em 2023, representando, junto com Tarauacá, 90% da exploração autorizada no estado. Feijó, que liderou em 2022 com 9.505 hectares, manteve-se na liderança em 2023, embora com uma área explorada menor, de 5.189 hectares.

Em termos de legalidade, os dados de 2023 são positivos: toda a exploração mapeada no Acre foi devidamente autorizada, uma melhoria em relação a 2022, quando 2% da exploração (554 hectares) foi realizada de forma não autorizada. Segundo Leonardo Sobral, diretor de Cadeias Florestais do Imaflora, isso demonstra o compromisso das autoridades locais com o controle rigoroso da exploração de recursos naturais.

A proteção efetiva de áreas protegidas no Acre, onde não houve atividades ilegais em Terras Indígenas ou Unidades de Conservação em 2023, contrasta com outras regiões da Amazônia, onde a exploração ilegal ainda é um problema comum. Além disso, 93% das atividades de exploração ocorreram em propriedades rurais privadas, um dado consistente com o de 2022.

A queda expressiva na área explorada e a concentração da atividade em alguns municípios coloca o setor madeireiro do Acre em um momento decisivo. A busca por um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade ambiental será crucial nos próximos anos. Para os municípios mais envolvidos, o desafio será diversificar suas economias e garantir que a exploração madeireira continue sendo sustentável e legal.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Fiagros alcançam R$ 41,7 bilhões e ganham força no mercado de capitais agroindustrial

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Os fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais (Fiagros) seguem em ritmo acelerado de crescimento, consolidando-se como uma alternativa promissora para o agronegócio dentro do mercado de capitais. Dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que, desde a criação dos Fiagros em 2021, o patrimônio desses fundos multiplicou-se quatro vezes, alcançando R$ 41,7 bilhões até agosto de 2024. Apenas neste ano, o setor registrou um aumento de 5,3%, comparado aos R$ 38 bilhões registrados em dezembro de 2023.

Os Fiagros vêm atraindo atenção por permitirem que investidores se exponham ao setor agroindustrial brasileiro, diversificando suas carteiras com potencial de retorno financeiro. Entre agosto de 2023 e agosto de 2024, o número de Fiagros aumentou 58%, chegando a 116 fundos ativos no mercado. Esse avanço reflete a popularidade crescente desses fundos, que são beneficiados por incentivos fiscais e regulamentações favoráveis, fatores que também contribuíram para o fortalecimento do setor desde sua criação.

Além dos Fiagros, outros instrumentos financeiros ligados ao agronegócio também mostram desempenho positivo. As Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) cresceram 6,1%, totalizando R$ 487 bilhões, enquanto as Cédulas de Produto Rural (CPRs) aumentaram expressivos 33,5%, somando R$ 398 bilhões. Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCAs) também registraram crescimento de 14,9% e 25,8%, respectivamente.

Apesar do cenário promissor, o mercado de Fiagros enfrenta desafios, como a alta taxa de juros e os impactos de eventos climáticos, que afetam o fluxo de caixa dos produtores e elevam o risco de crédito. Outro fator observado é a queda nos dividendos, que hoje se aproximam dos valores de fundos imobiliários tradicionais, com uma diferença de apenas 0,8%, comparada aos 2,2% em 2023.

Fonte: Pensar Agro

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