George Santos, ex-deputado dos Estados Unidos e filho de brasileiros, admitiu culpa em acusações de fraude durante uma audiência judicial nesta segunda-feira (19). A condenação pode atingir até 22 anos de prisão, conforme relatado pela agência Reuters.
Santos foi acusado de fraude em maio de 2023 por utilizar fundos de campanha para custear despesas pessoais, além de realizar cobranças indevidas em cartões de crédito de doadores.
As investigações também revelam que ele teria recebido benefícios destinados a pessoas desempregadas, mesmo estando empregado, durante a pandemia. Detalhes adicionais das acusações estão mais abaixo.
Durante a audiência nesta segunda-feira, ocorrida em Nova York, ele admitiu a culpa, mas a sentença definitiva só será anunciada em 7 de fevereiro de 2025.
“Lamento profundamente minha conduta e o dano que ela causou. Aceito total responsabilidade por minhas ações”, declarou Santos, no tribunal.
Com a admissão, Santos evitará um julgamento federal, que estava agendado para setembro e contaria com o depoimento de cerca de 40 testemunhas, incluindo membros de sua campanha, funcionários e familiares.
Ainda segundo a Reuters, a confissão pode garantir um mínimo de dois anos de prisão a Santos. A Associated Press, por sua vez, afirmou que ele pode pegar mais de seis anos de cadeia e ser condenado a pagar pelo menos US$ 370 mil (R$ 2 milhões).
O que aconteceu?
Os escândalos levaram à cassação de seu mandato no Congresso dos Estados Unidos ao final do ano passado, e a cadeira foi assumida por um democrata.
Uma investigação bipartidária do Comitê de Ética da Câmara revelou que ele utilizou dinheiro de campanha para despesas pessoais, incluindo botox, compras de marcas de luxo e uma plataforma de conteúdo adulto.
Após perder o mandato, Santos iniciou negociações com promotores para admitir culpa. Anteriormente, ele havia se declarado inocente.
Durante a campanha de 2022, que garantiu sua eleição ao Congresso, Santos teria operado uma sociedade limitada para enganar doadores.
Conforme as investigações, ele recrutou um consultor político para se comunicar com os doadores e instruí-los a acreditar que as doações seriam usadas para sua eleição.
Dois doadores transferiram US$ 25 mil (cerca de R$ 135 mil) cada para a conta da empresa controlada por Santos. Após o recebimento dos fundos, o dinheiro foi transferido para suas contas pessoais.
Em 2020, Santos atuava como Diretor Regional de uma empresa de investimentos na Flórida, com um salário de aproximadamente US$ 10 mil (cerca de R$ 54 mil).
Apesar de estar empregado, ele solicitou e recebeu indevidamente mais de US$ 24 mil em seguro-desemprego durante a pandemia, alegando falsamente estar desempregado desde março de 2020.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.