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Agronegócio

Conab refaz previsões e diz que safra 23/24 será de 298,6 milhões de toneladas

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta terça-feira (13.08) sua nova estimativa de produção de grãos no Brasil, para a safra 2023/2024, Segundo o 11º Levantamento da Safra de Grãos, a safra será de 298,6 milhões de toneladas. Se confirmado, esse volume será 21,2 milhões de toneladas (-6,6%) menor do que o colhido na safra 2022/2023 e 0,2% inferior à estimativa anterior.

Essa queda é influenciada principalmente pela perda na produtividade média das lavouras do país, reflexo das adversidades climáticas sobre o desenvolvimento das culturas de primeira safra, em especial, desde o início do plantio até as fases de reprodução das lavouras.

A colheita do milho segunda safra está avançada e segue para a finalização, com produção estimada em 90,28 milhões de toneladas. De acordo com o Progresso de Safra, publicado nesta semana pela Companhia, os trabalhos de colheita superam 90% da área cultivada no país. As produtividades alcançadas neste ciclo do grão variaram de acordo com o pacote técnico utilizado e, principalmente, da época de plantio da cultura.

Semeaduras realizadas dentro da janela ideal, ou seja entre janeiro até meados de fevereiro, obtiveram produtividades dentro do esperado e até superiores às registradas na última safra devido, principalmente, à regularidade das chuvas durante o desenvolvimento da cultura. As exceções a esta situação ocorreram no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, onde veranicos ocorridos em março e abril, aliados a altas temperaturas e ataques de pragas, comprometeram o potencial produtivo do cereal.

Aliada à perda de produtividade, a área destinada para o milho também foi reduzida, tanto na segunda como na primeira safra do grão, o que influencia na menor expectativa de colheita. A produção total esperada para o ciclo 2023/24 é de cerca de 115,65 milhões toneladas, cerca de 12,3% inferior à temporada passada.

Outra importante cultura de segunda safra é o algodão. Mas, para a fibra, a Conab prevê aumento tanto na área como no desempenho médio das lavouras, influenciado pelas condições climáticas que favoreceram o desenvolvimento da cultura. Com isso, a previsão é de um novo recorde para a produção da fibra, sendo estimada uma colheita de 3,64 milhões de toneladas de algodão em pluma.

Já para o feijão é esperada uma produção total de 3,26 milhões de toneladas, 7,3% superior à produção de 2022/23. A segunda safra da leguminosa, com a produção estimada em 1,5 milhão de toneladas, teve seu potencial de produtividade reduzido devido à incidência de doenças e da mosca-branca, além da falta de chuvas e temperaturas elevadas em importantes estados produtores. A terceira safra do grão está estimada em 812,5 mil toneladas, com as lavouras, de modo geral, nos estágios de desenvolvimento à maturação, e em Goiás, em fase inicial de colheita.

Dupla do feijão no prato dos brasileiros, o arroz já está com a colheita finalizada. A produção neste ciclo teve um crescimento de 5,6%, comparada ao volume produzido na safra anterior, chegando a 10,59 milhões de toneladas. O aumento verificado é influenciado pela maior área cultivada no país, já que a produtividade média das lavouras foi prejudicada, reflexo das adversidades climáticas, com instabilidade durante o ciclo produtivo da cultura, em especial no Rio Grande do Sul, maior estado produtor do grão.

Já a soja, principal grão cultivado no país, a produção na atual safra é de 147,38 milhões de toneladas, redução de 4,7% sobre o ciclo anterior. Nas áreas semeadas entre setembro e outubro, nas Regiões Centro-Oeste, Sudeste e na região do Matopiba, houve alterações no potencial produtivo das lavouras, com os baixos índices pluviométricos e as altas temperaturas, situações que causaram replantios e perdas de produtividade, diferente das áreas com lavouras mais tardias.

Dentre as culturas de inverno, destaque para o trigo. A semeadura nos estados da Região Sul, maior produtora do cereal no país, onde se concentra 85% da área cultivada, está quase concluída, restando áreas em Santa Catarina para serem plantadas. No Rio Grande do Sul, após o atraso inicial da semeadura em razão do excesso de chuvas, teve o plantio concluído, assim como as áreas semeadas no Paraná. A expectativa é de uma redução de 11,6% na área destinada ao cereal, estimada em 3,07 milhões de hectares.

Mercado – Neste 11º levantamento, a Conab manteve estáveis as projeções do quadro de suprimentos da safra 2023/2024 para os principais produtos analisados, com exceção do milho. A Companhia aumentou em 2,5 milhões de toneladas a estimativa de exportação desse produto. Este incremento ocorre em meio a recente desvalorização da moeda brasileira, a qual tem refletido em um aquecimento no fluxo das vendas ao mercado externo do cereal.

A questão cambial também pode afetar as exportações de arroz que hoje estão estimadas em 1,3 milhão de toneladas. No último mês, o volume embarcado do grão chegou a 175 mil toneladas, enquanto que em junho as exportações chegaram a 62 mil toneladas. Entretanto, cabe pontuar que a menor disponibilidade interna do grão deverá limitar o volume embarcado até o ciclo 2024/205.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Rondônia se destaca na aplicação do Projeto Paisagens Sustentáveis

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O Estado de Rondônia tem se destacado na aplicação do Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia, focado em ajudar agricultores familiares na regularização ambiental de suas propriedades, especialmente em áreas de preservação permanente (APP) e reservas legais (RL).

Em parceria com a Ecoporé, contratada pela Conservação Internacional do Brasil (CI-Brasil) a partir de demanda da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (SEDAM), o projeto tem avançado sem grandes dificuldades e com apoio técnico essencial para agricultores que, sem essa ajuda, enfrentariam barreiras financeiras significativas para realizar a recomposição ambiental.

Até agora, o projeto distribuiu gratuitamente materiais como mourões, palanques, arame e catracas, facilitando a construção de cercas para isolamento de áreas. Esse isolamento é crucial para impedir o pisoteio de animais e proteger fontes de água, favorecendo a regeneração natural e prevenindo incêndios nas áreas protegidas.

Além disso, para o próximo mês, estão planejados o plantio de 200 mil mudas e a semeadura de mais de 8 toneladas de sementes nas áreas isoladas, que vão contribuir para a recomposição da vegetação nativa e a proteção das margens dos cursos d’água. O projeto tem uma meta ambiciosa de restaurar 500 hectares de áreas degradadas até 2025, abrangendo municípios na região da BR-429 e Zona da Mata, incluindo Alta Floresta D’Oeste, Cacoal, Santa Luzia D’Oeste e São Miguel do Guaporé.

Para a execução do projeto, são utilizados recursos do Fundo Verde para o Clima e do Banco Mundial, o que possibilita que os agricultores recebam não apenas materiais, mas também assistência técnica especializada para a restauração ambiental.

PROJETO – O Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia é uma iniciativa de grande alcance que busca integrar conservação e práticas sustentáveis em uma região que abrange o Brasil, Colômbia e Peru. No Brasil, ele é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), em alinhamento com órgãos federais e estaduais focados na Amazônia. Este projeto regional é financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e implementado com a ajuda do Banco Mundial, com um orçamento inicial de US$ 60,33 milhões e duração planejada entre 2018 e 2023.

A primeira fase do projeto se concentrou em várias metas estratégicas, incluindo a conservação de biodiversidade, recuperação de áreas degradadas, aumento de estoques de carbono, promoção de manejo florestal sustentável, e fortalecimento de políticas de conservação. O FUNBIO (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade) e a Conservação Internacional do Brasil foram as principais agências executoras desta fase.

Com a fase 2, iniciada em 2021 e prevista para ir até 2026, o projeto ganha um financiamento adicional, mantendo o objetivo de promover uma gestão mais integrada e sustentável das paisagens e ecossistemas. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) assume a execução desta fase, que traz algumas mudanças. Uma das principais diferenças é que, em vez de criar novas unidades de conservação, o foco agora é fortalecer a gestão de áreas já existentes e promover práticas de manejo sustentável em vastas extensões de terras. Na região do Rio Negro, por exemplo, a fase 2 se dedicará à consolidação de áreas como a Reserva da Biosfera da Amazônia Central e outros sítios importantes.

As metas para essa fase incluem a recuperação de 1.200 hectares, manutenção de 28.000 hectares de áreas já em processo de recuperação, e consolidação de 4 milhões de hectares de Unidades de Conservação fora do programa ARPA. Além disso, o projeto visa incentivar práticas de manejo sustentável em 300 mil hectares de propriedades rurais e melhorar a gestão de 11,9 milhões de hectares de instrumentos de gestão territorial.

Fonte: Pensar Agro

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