A equipe de campanha da candidata presidencial democrata Kamala Harris disse nesta terça-feira (13) ter sido alvo de hackers estrangeiros, dias após responsáveis pela atividade eleitoral de seu rival Donald Trump sugerirem que a campanha do ex-presidente republicano sofreu um ataque cibernético de autoria do Irã.
O FBI informou que está investigando os ataques hackers das campanhas de Kamala Harris e de Trump.
“Em julho, as equipes legais e de segurança da campanha foram notificadas pelo FBI de que fomos alvos de uma operação de interferência de um ator estrangeiro”, indicou à AFP um membro da equipe de Harris.
“Contamos com sólidas medidas de cibersegurança e não estamos sabendo de nenhuma violação de segurança em nossos sistemas como resultado desses esforços”, acrescentou.
Os responsáveis pela campanha de Harris não deram informações sobre a procedência deste ataque cibernético que não prosperou.
O Departamento de Estado americano advertiu o Irã na segunda-feira sobre consequências caso interfira nas eleições, depois que a campanha de Trump anunciou ter sido vítima de um ataque cibernético.
A equipe de Trump sugeriu no sábado que o Irã estava por trás do ataque, no qual documentos, incluindo pesquisas que usaram para avaliar o companheiro de chapa J.D. Vance, foram enviados a repórteres.
Também alertou os meios de comunicação contra a publicação dos documentos, dizendo que tal ação seria “fazer o trabalho dos inimigos da América.”
O tom foi diferente de 2016, quando Trump disse em uma coletiva de imprensa que esperava que a Rússia “encontrasse” os e-mails de Hillary Clinton, observações amplamente vistas como um incentivo a mais ataques cibernéticos contra sua oponente na disputa pela Casa Branca.
A inteligência dos EUA concluiu que a Rússia interveio nas eleições de 2016 para apoiar Trump, que rejeitou as conclusões.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.