O Ministério da Cultura (MinC) anunciou, nesta terça-feira (13), a inclusão da categoria Culturas Populares e Tradicionais na plataforma de gestão dos projetos culturais financiados pela Lei Rouanet , o Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (Salic).
A partir desta atualização, proponentes de manifestações culturais tradicionais poderão registrar seus projetos com mais precisão e visibilidade, facilitando o acesso a uma das principais fontes de fomento cultural no Brasil.
A mudança, que foi implementada com o objetivo de refletir a diversidade cultural do país, é uma das várias iniciativas promovidas pela ministra Margareth Menezes desde 2023.
No ano passado, Menezes já havia promovido a inclusão de novas categorias que melhor se conectam com a realidade da produção cultural brasileira. A antiga categoria de Povos e Comunidades Tradicionais agora é chamada de Culturas Populares e Tradicionais, englobando uma variedade mais ampla de grupos culturais, como indígenas, quilombolas, povos de terreiros, ciganos, caiçaras, castanheiras e ribeirinhos.
De acordo com Márcia Rollemberg, secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC, “a inclusão dessa categoria significa o reconhecimento da importância cultural desses segmentos e contribui para o mapeamento dos grupos. Além disso, garante a promoção de manifestações essenciais para nossa identidade e diversidade cultural.”
Desde a introdução da nova tipologia no Salic, no ano passado, foram registrados 80 projetos na categoria, totalizando R$ 37,6 milhões em recursos a serem captados.
Secretário da Secretaria de Economia Criativa e Fomento Cultural (Sefic), Henilton Menezes ressaltou que “estamos constantemente aprimorando nosso sistema para adequá-lo às dinâmicas da produção cultural brasileira. As alterações permitirão uma visão mais precisa das demandas apresentadas ao Ministério, promovendo um atendimento mais eficiente.”
A nova categoria permitirá ao MinC mapear de forma mais completa todas as iniciativas culturais registradas, além de apoiar a implementação da Política Nacional das Culturas Tradicionais e Populares.
“Essas mudanças são fundamentais para trazer maior visibilidade e compreensão da riqueza das culturas tradicionais e populares em nosso país”, destacou Tião Soares, diretor de Culturas Populares e Tradicionais do MinC.
A tipologia Culturas Populares e Tradicionais abrange diversas manifestações culturais, como Folias de Reis, Congadas, Moçambiques, Frevo, Afoxé, Maracatu, Capoeira, Jongo, entre outras.
“Essas tradições são vitais para a cultura brasileira e merecem toda a proteção e valorização possível”, concluiu Márcia Rollemberg.
Henilton Menezes ainda mencionou que a lista de tipologias poderá ser revisada para incluir outros segmentos que não estejam contemplados.
“Queremos que a Lei Rouanet represente toda a população brasileira, por isso estamos sempre abertos ao diálogo com a sociedade”, afirmou.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.