A Polícia Militar de Mato Grosso promoveu, na manhã deste sábado (10.08), o Décimo Social – Unidos pelo Bem, com diversos serviços gratuitos à população. A ação, realizada por meio do 10º Batalhão, ocorreu na base policial do bairro Araés em Cuiabá.
Durante o evento, foram ofertados serviços relacionados à saúde, como atendimento psicológico e odontológico, campanha de doação de sangue, exame de vista e de assistência social para crianças, adolescentes e idosos.
Também foram ofertados serviços como massagem, maquiagem, penteado e corte de cabelo, bem como balcão de emprego e assistência ao consumidor e muito mais.
O evento contou, ainda, com apresentações artísticas do Corpo Musical da PM, Projeto Xás Crianças, Instituto Ciranda e artistas locais.
O comandante do 10º Batalhão, tenente-coronel Bruno Marcel Souza Tocantins destacou que a iniciativa visa promover ações de cidadania, fornecendo atividades educacionais e de recreação voltadas para o desenvolvimento social dos moradores da região.
“O evento teve o objetivo de promover maior integração entre a Polícia Militar e os parceiros com a comunidade em atividades e ações que visam o bem-estar e a qualidade de vida da população, com atendimentos gratuitos. Ficamos muito contentes com adesão do público e o sucesso que foi nosso Décimo Social”.
Além dos atendimentos, policiais militares do Batalhão Ambiental, Força Tática e Bope montaram estandes para mostrar à população um pouco dos equipamentos, armamentos e contar sobre o trabalho de policiamento ostensivo.
A aposentada Marinalva Costa Soares aproveitou a ação social para buscar atendimento odontológico e médico. Ela contou que o projeto chegou em boa hora e vai poder cuidar ainda mais da saúde.
“Os atendimentos foram ótimos e o melhor de tudo é que foi ao lado de casa. Tenho dificuldade em sair de casa por questões de locomoção, mas pude resolver tudo que estava pendente”, disse.
O artesão José Alves Pinto também saiu satisfeito do Décimo Social – Unidos pelo Bem. Ele aproveitou os atendimentos para renovar a Carteira de Identidade. “Eu precisava trocar há muitos anos porque a minha estava rasgada e aqui consegui renovar e fazer tudo certo”.
Já o pintor Edmilson Salgado levou o filho Gustavo de 11 anos para cortar o cabelo e brincar no espaço de recreação.
“Gostamos muito dos trabalhos e meu filho se divertiu bastante na cama elástica e na apresentação de robótica. Ele ainda aproveitou para comer cachorro-quente, algodão doce e tomar refrigerante”, contou.
O comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Alexandre Corrêa Mendes enalteceu o trabalho dos policiais militares pela organização do evento, agradeceu aos diversos parceiros e a população que esteve presente no Décimo Social – Unidos pelo Bem.
“O principal intuito é levar, cada vez mais, a Polícia Militar junto da sociedade e comunidades carentes. A nossa instituição realiza o evento há muitos anos e a nossa maior recompensa é essa confiança da população para com os nossos policiais militares. A PM está presente nos 142 municípios garantindo a segurança, dando apoio assistência e prezando sempre pelo lado humanitário”, afirmou.
A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.
A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.
De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.
A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.
Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.