O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, informou que a aeronave da Voepass , que caiu nesta sexta-feira (9) em Vinhedo, interior de São Paulo, não realizou qualquer contato com a torre de controle antes do acidente.
A informação foi repassada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos ( Cenipa ), órgão responsável pela análise de desastres aéreos no Brasil. A queda do avião, que fazia a rota entre Cascavel (PR) e Guarulhos (SP), resultou na morte de 61 pessoas, entre elas diversos médicos e professores universitários.
Os técnicos do Cenipa já conseguiram achar os gravadores de dados e de voz da aeronave que caiu nesta sexta-feira (9) em Vinhedo, no interior de São Paulo. Os equipamentos serão encaminhados para Brasília para análise dos dados.
O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) confirmou que oito médicos registrados no estado estão entre as vítimas da tragédia. Os profissionais identificados incluem Arianne Albuquerque Estevan Russo, José Roberto Leonel Ferreira, Mariana Comiran Belim, e Sarah Sella Langer. Em nota, o presidente do CRM-PR, Romualdo José Ribeiro Gama, lamentou a perda dos colegas.
“O Conselho de Medicina do Paraná está em luto pela perda trágica de tantos colegas médicos, que estavam a caminho de mais uma atividade de aperfeiçoamento profissional. Nossos mais profundos sentimentos a todos os familiares e amigos neste momento de infinita dor.”
Entre os médicos falecidos, Sarah Langer, pediatra e alergologista de 35 anos, era uma figura ativa na Câmara Técnica de Alergia e Imunologia do CRM-PR.
“Neste momento tão difícil expressamos nossa solidariedade aos familiares e amigos”, declarou Paula Bley Strachman, coordenadora da Câmara Técnica e diretora tesoureira da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia do Paraná.
Além dos médicos, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) também sofreu perdas significativas. A instituição confirmou a morte de nove pessoas ligadas ao campus de Toledo, incluindo duas professoras e seus familiares. A UTFPR decretou três dias de luto em memória das vítimas.
“Neste momento de dor, a UTFPR se solidariza com os familiares e amigos das professoras Raquel e Gracinda, da egressa Hadassa e com os professores Araceli, Priscila e Fabio por suas perdas”, declarou a universidade em nota oficial.
O diretor de operações da Voepass, Marcel Moura, esclareceu que a aeronave, um ATR com prefixo PS-VPB, passou por manutenção de rotina na noite anterior ao voo e não apresentou problemas técnicos que comprometesse sua navegabilidade. No entanto, ele não descartou que o acúmulo de gelo nas asas, uma condição à qual o modelo é sensível, possa ter contribuído para o acidente.
“O sistema de degelo estava em pleno funcionamento quando foi realizada a checagem da aeronave. Nenhuma hipótese é descartada”, afirmou Moura.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.