Connect with us

MATO GROSSO

Presidente do TCE-MT recomenda que Sinfra-MT realize seis audiências públicas nas regiões afetadas por concessões

Publicado

em

Crédito: Marcos Bergamasco/Agência Phocus
Ilustração
Concessão implica na instação de pedágios nas rodovias. 

O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, recomendou que a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) realize seis audiências públicas presenciais nas regiões que serão diretamente afetadas pelo plano de concessão das rodovias MT-020, MT-170, MT-140 e MT-010. Para o conselheiro, é fundamental garantir transparência ao processo e ouvir a população.   

“Estamos discutindo um dos maiores planos de concessão do Brasil, que vai ter reflexo direto na vida de milhares de cidadãos por pelo menos 30 anos. É preciso analisar tudo com cautela e rigor. É preciso ter transparência e ouvir as pessoas que moram na região de cada trecho em que se propõe a concessão. Por isso, recomendo que a Sinfra-MT faça seis audiências públicas, uma em cada município- polo, convidando toda a população dos municípios do entorno, inclusive, quero adiantar que estarei presente em cada uma delas”, enfatizou o presidente.   

Sérgio Ricardo voltou a defender um ajuste na proposta inicial do governo, que previa a concessão de seis lotes, sendo quatro sob coordenação da Sinfra-MT, que seriam abertos à iniciativa privada, e dois restritos à MTPar. “Já recomendamos que todos os lotes previstos fiquem sob responsabilidade da Sinfra-MT, todos abertos para uma ampla concorrência, garantindo assim a possibilidade de atrair empresas do mundo inteiro, com a melhor expertise e experiência”, afirmou o conselheiro.    

Crédito: Tony Ribeiro/TCE-MT
Ilustração
Para o conselheiro-presidente, Sérgio Ricardo, é fundamental garantir transparência ao processo e ouvir a população. Clique aqui para ampliar

O presidente do TCE-MT destacou também a importância de aperfeiçoar a fiscalização das concessões em Mato Grosso, construindo um novo modelo, com contratação de empresas independentes via processo licitatório.   

“Hoje está claro que existem problemas graves na fiscalização. A Ager-MT não tem capacidade e a fiscalização está sendo realizada por empresas contratadas e pagas pelas próprias concessionárias. O resultado são problemas como o constatado na MT-130, onde um relatório da própria Ager apontou a existência de 570 irregularidades no serviço prestado, e quero aqui parabenizar o Ministério Público Estadual (MPE) que, por meio da promotora de Justiça Caroline de Assis, da 1ª Promotoria de Justiça Civil de Paranatinga, ingressou com ação civil pública para garantir providências imediatas para o cumprimento do contrato de concessão”, afirmou Sérgio Ricardo.  

O conselheiro informou que o TCE-MT vai solicitar a reavaliação da concessão da MT-130, do trecho entre Primavera do Leste e Paranatinga, alvo da ação civil pública.

Municípios impactados pelas concessões

 O programa de concessões do Governo do Estado prevê seis lotes, relativos a seis trechos de rodovias. O lote 1 diz respeito a 237,6 km entre Juara e Itanhangá, com impacto nos municípios de Porto dos Gaúchos, Nova Maringá, Tabaporã e Tapurah. Já o lote 2 abrange 418,6 km passando por Campo Novo do Parecis, Nova Mutum, Tangará da Serra, São José do Rio Claro e Diamantino, com impacto em Nova Marilândia, Nova Maringá, Nova Olímpia, Denise, Nortelândia e Santo Afonso.

O lote 5 tem um total de 308 km ligando Paranatinga a Canarana, com impacto em Água Boa, Campinápolis, Gaúcha do Norte, Nova Nazaré, Santo Antônio do Leste, Nova Xavantina e Ribeirão Cascalheira e o lote 8 é relativo a 344 km de Brasnorte a Castanheira, tendo como cidades adjacentes Juara, Juína, Sapezal e Nova Maringá. 

Já o lote 3 tem 161,3 km e passa por Rosário Oeste, Várzea Grande e Jangada, com impacto em Cuiabá, Acorizal, Nobres e Alto Paraguai e o lote 6 abrange um total de 634,35 km que ligam Sinop a Nova Ubiratã, tendo como municípios adjacentes Santa Carmem, Vera, Feliz Natal, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Ipiranga do Norte, Itanhangá, Santa Rita do Trivelato, Paranatinga, Rosário Oeste, Planalto da Serra, Nova Brasilândia, Chapados dos Guimarães e Campo Verde.

Secretaria de Comunicação/TCE-MT 
E-mail: imprensa@tce.mt.gov.br
Flickr: clique aqui

Fonte: TCE MT – MT

Continue Lendo

MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

Publicado

em

Por

A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

Continue Lendo
WhatsApp Image 2024-03-04 at 16.36.06
queiroz

Publicidade

Câmara de Vereadores de Porto Esperidião elege Mesa Diretora