O renomado artista Eduardo Kobra, conhecido por seus murais gigantescos e coloridos, criou uma nova obra em homenagem ao surfista Gabriel Medina. A peça, um grafite em uma prancha de surfe, foi inspirada na atuação de Medina nas Olimpíadas de Paris 2024 , onde o atleta conquistou a medalha de bronze. Segundo o artista, o trabalho foi realizado em menos de dois dias e reflete a sintonia entre a fé do surfista e as crenças do artista.
Kobra, que pintou uma prancha de surfe pela primeira vez, disse que a ideia surgiu após assistir ao gesto de Medina apontando para o céu durante uma manobra decisiva. “Medina é um grande atleta e fez história nas Olimpíadas deste ano, independentemente de colocação no pódio” , comentou o muralista. Ele destacou a importância da fé no desempenho do atleta e afirmou que isso foi uma grande inspiração para a obra.
Essa não é a primeira vez que o grafiteiro se envolve com as Olimpíadas. Antes do início dos Jogos de Paris, ele criou outras duas obras ligadas ao evento. A tela “Paz Olímpica” e o mural “Voz da Liberdade”, em Saint-Ouen, mostram a habilidade do artista em capturar temas universais como paz e liberdade, sempre com um toque de crítica social.
Kobra também é conhecido por seu envolvimento nas Olimpíadas anteriores. Em 2016, no Rio de Janeiro, ele criou o mural “Etnias”, que retrata os povos de cada continente através dos arcos olímpicos. A obra, com três mil metros quadrados, entrou para o Guinness World Records como o maior grafite do mundo. Sua conexão com os Jogos continuou em Tóquio, onde homenageou ícones da cultura brasileira em murais que exaltaram a bossa nova.
A trajetória de Eduardo começou na periferia de São Paulo, onde ele se destacou inicialmente como pichador. Com o tempo, desenvolveu um estilo único de muralismo que o levou ao reconhecimento internacional. Suas obras estão espalhadas pelos cinco continentes, abordando temas que vão de personalidades históricas a questões sociais, sempre com cores vibrantes e contrastantes.
Além de seu trabalho artístico, o muralista está engajado em causas sociais. Ele utiliza sua arte para promover mudanças positivas através do Instituto Kobra, que visa aproximar a cultura de comunidades menos favorecidas e apoiar causas humanitárias.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.