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MUNDO

Manifestações contra racismo tomam conta do Reino Unido

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Milhares de policiais e manifestantes contra o racismo tomaram as ruas do Reino Unido nesta quarta-feira (7), para desafiar grupos de extrema-direita que fracassaram em se organizar após mais de uma semana de ataques racistas contra muçulmanos e imigrantes.

O país foi sacudido por uma série de distúrbios que surgiram nesta semana depois que três garotas foram assassinadas em um ataque a facas em Southport, no Noroeste da Inglaterra. Uma onda de fake news na internet associaram, erroneamente, o suposto assassino a um imigrante islâmico.

Postagens online diziam que manifestantes de extrema-direita e antimuçulmanos atacariam ontem uma série de centros de imigração e de apoio aos imigrantes, além de escritórios de advocacia especializados na assistência a eles. Muitos comerciantes fecharam as suas portas mais cedo. Algumas lojas chegaram a proteger suas janelas com tapumes.

Os relatos provocaram o destacamento de milhares de policiais e a mobilização de milhares de manifestantes em cidades como Londres, Bristol, Birmingham, Liverpool e Hastings, com faixas que diziam “Combata o racismo”, “Parem a extrema-direita” e “Troquemos racistas por refugiados”.

Os manifestantes eram formados por muçulmanos, grupos antirracistas, sindicatos, organizações de esquerda e moradores locais alarmados com os tumultos que foram vistos no país.

Às 21h (horário local) não havia relatos de desordens graves. A polícia informou que 50 pessoas em Croydon, no Sul de Londres, atiraram garrafas e tentaram causar tumulto.

O gari Stetson Matthew, de 64 anos, que se juntou aos manifestantes no nordeste de Londres, disse que as pessoas tinham o direito de se manifestar, mas que culpar minorias étnicas colocava o país em uma posição delicada.

“Todos têm o direito de fazer o que precisam, mas também devem expressar sua voz de forma pacífica, amigável, sem estresse ou violência”, afirmou.

Entenda

Os tumultos no país começaram na semana passada, quando centenas de pessoas — em sua maioria, homens — entraram em confronto com a polícia e quebraram janelas de hotéis que abrigavam africanos, asiáticos e pessoas naturais do Oriente Médio em busca de asilo, gritando “expulsem-os” e “parem os barcos”, em uma referência aos que chegam ilegalmente ao Reino Unido em pequenas embarcações.

Os agitadores também atacaram mesquitas com pedras, fazendo com que organizações muçulmanas emitissem alertas de segurança para sua comunidade.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, ex-promotor que enfrenta sua primeira crise desde a vitória na eleição de 4 de julho, alertou os manifestantes violentos de que eles podem sofrer longas condenações.

“Essa é a ação assertiva que estamos promovendo. Se você provocar desordem violenta nas nossas ruas ou na internet, enfrentará a força total da lei”, disse.

Ontem, um homem de 58 anos foi condenado a três anos de prisão por participar dos distúrbios de 30 de julho em Southport, no Noroeste de Inglaterra, tornando-se o primeiro a ser julgado pela violência dos últimos dias no país.

*Reportagem adicional de Sam Tobin, Kylie MacLellan e Michael Holden em Londres, e Alexandra Hudson em Hastings

Fonte: EBC Internacional

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MUNDO

Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro

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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho
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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho


O presidente da Rússia, Vladimir Putin,  confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.

O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.

Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.

“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.

O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.

A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.

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Fonte: Internacional

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