Nos últimos dias, o Reino Unido tem sido abalado por intensos protestos contra imigrantes e muçulmanos, amplificados por Tommy Robinson, um conhecido agitador social de extrema-direita. Robinson, que tem um passado controverso, é a figura por trás de uma série de movimentos e declarações inflamáveis que contribuíram para o clima de hostilidade atual.
Tommy Robinson, cujo nome verdadeiro é Stephen Yaxley-Lennon, tem uma longa trajetória marcada por atividades extremistas. Fundador da Liga de Defesa da Inglaterra (EDL) em 2011, ele criou a maior associação anti-Islã do país. O movimento se autodenominava “anti-jihadista” e promovia o “banimento de terroristas”, referindo-se especificamente aos muçulmanos.
Robinson também esteve associado a vários partidos de extrema-direita e movimentos fascistas. Ao longo dos anos, foi membro do Partido Nacional Britânico (BNP), do Partido Liberal Britânico e do Partido de Independência do Reino Unido (UKIP), todos com inclinações extremistas.
Líder do movimento “contra-jihad”, Robinson defende que o islamismo não é uma religião, mas uma ameaça ao Ocidente. Recentemente, ele afirmou em uma entrevista que o Islã é uma “ideologia violenta fascista disfarçada de religião”.
Atos de Violência
Robinson tem um histórico de envolvimento em atos violentos e provocadores. Em 2017, ele instigou Darren Osborn a atacar uma mesquita, resultando na morte de uma muçulmana e ferimentos em outras 11 pessoas. Robinson enviou mensagens incendiárias a Osborn, que foram consideradas como incitação ao ataque.
Além disso, Robinson já foi preso várias vezes, incluindo por brigas em estádios e por protestos violentos. Em 2011, ele foi detido por escalar o telhado da sede da FIFA em Zurique, protestando contra a proibição de bottons em homenagem aos soldados britânicos.
Sua presença nas redes sociais foi temporariamente suspensa em plataformas como Facebook e Instagram devido ao seu discurso extremista. Embora tenha retornado ao Twitter (agora X) após a compra pela Elon Musk, ele continua a disseminar suas ideias islamofóbicas e conspiratórias.
Protestos
Os recentes distúrbios na Inglaterra têm raízes nas mortes trágicas de três crianças em Southport, esfaqueadas por um adolescente de 17 anos, Alex Rudakubana. Extremistas de direita, incitados por Robinson e seus apoiadores, começaram a espalhar informações falsas sobre o suspeito, afirmando que ele era um terrorista.
Esses rumores levaram a protestos violentos em Southport, que geraram confrontos com a polícia, incêndios e ataques a propriedades. Os atos violentos prejudicaram homenagens às vítimas e resultaram em 39 policiais feridos, com oito deles em estado grave.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, convocou uma reunião de crise para lidar com a escalada da violência e discutir possíveis ações de contenção. A polícia tem desmentido as alegações de terrorismo relacionadas ao ataque e reforçado que o adolescente é britânico de origem ruandesa, recém-chegado à Inglaterra.
Robinson e seus seguidores continuam a usar plataformas sociais para incitar ódio e violência, desafiando as autoridades a manter a ordem e garantir que a verdade prevaleça em meio ao caos.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.