Policiais militares do 2º Pelotão de Força Tática apreenderam, na noite desta segunda-feira (05.08), um adolescente, de 17 anos, e prenderam um homem, de 20 anos, suspeitos por associação criminosa, tráfico ilícito de drogas e resistência em Sorriso. Na mesma ação, as equipes entraram em confronto com um integrante da quadrilha que veio a óbito.
Durante patrulhamento tático em decorrência da Operação Vitae, de combate às organizações criminosas no município, as equipes identificaram dois homens em atitude suspeita em uma motocicleta Honda vermelha, na Rua São Lucas. Ao perceber a aproximação dos militares, o piloto saiu em alta velocidade.
As equipes acionaram os sinais sonoros e luminosos das viaturas, dando início a uma perseguição policial. Após um longo trajeto, os suspeitos foram detidos e abordados.
O suspeito de 18 anos foi identificado como o responsável por danificar câmeras de segurança do Programa Vigia Mais MT no município, a mando de uma organização criminosa. Já o adolescente confessou que eles estariam monitorando um homem que seria alvo de homicídio e integrante de uma facção rival.
O jovem ainda apontou a residência em que eles estariam acomodados e afirmou que no imóvel estaria um homem com uma arma de fogo.
Após a denúncia, as equipes se deslocaram para o endereço e, ao entrarem no quintal da casa, flagraram um homem escondido, que atirou contra os policiais militares. Eles revidaram a injusta agressão.
O homem identificado como Antônio Ramilson de Brito Bezerra, de 31 anos, foi baleado e socorrido por uma equipe do Corpo de Bombeiros até o Hospital Regional de Sorriso, no entanto, não resistiu aos ferimentos e morreu. Ele possuía passagens criminais por roubo e estelionato.
As equipes apreenderam uma motocicleta com documento adulterado, porções de entorpecentes, uma arma de fogo e munições.
A dupla detida foi encaminhada à delegacia para registro do boletim de ocorrência.
Disque-denúncia
A sociedade pode contribuir com as ações da Polícia Militar de qualquer cidade do Estado, sem precisar se identificar, por meio do 190, ou disque-denúncia 0800.065.3939.
O governador em exercício Otaviano Pivetta defendeu a urgência para aprovação de leis mais rigorosas contra o crime organizado durante reunião convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira (31.10), em Brasília.
“Temos que fazer um pacto para que os criminosos voltem a temer o Estado Brasileiro, mas principalmente, precisamos atualizar a Constituição de 1988, que já não atende mais a realidade atual”, afirmou.
A reunião teve como foco a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública e contou com a presença de diversos governadores, do vice-presidente Geraldo Alckmin, do ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, e do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.
O presidente Lula pontuou a necessidade de montar um pacto federativo que envolva todos os poderes da federação.
“O crime organizado não é mais apenas um problema, mas uma questão complexa, diferente de outras décadas. Não se trata mais de bandidos comuns, mas de organizações poderosas que estão envolvidas em todos os setores da sociedade. Reconhecemos que a segurança pública está em constante evolução, frequentemente ouvimos que um estado está melhor em um dia e pior no outro. Não podemos permitir que um criminoso se esconda em outro estado. Precisamos ter uma abordagem mais organizada e estamos dispostos a enfrentar essa realidade”, afirmou o presidente.
Em sua fala durante a reunião, Otaviano Pivetta enfatizou que o maior medo do cidadão brasileiro é a falta de segurança pública.
“O estado é formal, mas o crime organizado atua de forma ágil e rápida, e isso nos coloca em desvantagem, não se trata de falta de estado, mas de uma organização eficaz. Estamos prontos para ajudar a avançar nesta composição, e essa convocação nos anima muito”, afirmou, reforçando que, embora a emenda seja importante, um debate mais amplo é importante para encontrar soluções eficazes.
O governador concluiu destacando que o combate ao crime organizado exige leis mais duras. “É inaceitável que as maiores barbaridades não tenham consequências, e isso só será possível com uma legislação que realmente atenda às necessidades da sociedade”.