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MATO GROSSO

Rotam conclui curso de defesa pessoal para mulheres em Cuiabá

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Ainda em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) encerrou, na noite desta terça-feira (28.03), o I Curso de Defesa Pessoal para Mulheres – Ninguém Segura uma Mulher Segura. Ao todo, cinquenta mulheres participaram das oficinas, de forma gratuita, na sede da unidade, em Cuiabá.

O comandante da Rotam, tenente-coronel Gibson Almeida da Costa Júnior, explica que diante dos casos de violência contra a mulher, a unidade sentiu a necessidade de capacitá-las no intuito de impedir que sejam vítimas futuramente. “Sentimos necessidade e a responsabilidade de oferecer um curso que possa amenizar esses dados e dar a oportunidade de mais mulheres se defenderem contra possíveis agressores”, disse.

O curso foi dividido em três modalidades, sendo uma de Krav Maga, que usa movimentos curtos e objetivos e que podem ser executados por qualquer pessoa em defesa própria, tendo o próprio corpo como arma. As participantes também tiveram noções básicas de Self-Defense, nas quais aprendem como agir em situações perigosas e como prestarem atenção nos sinais de possíveis ataques, bem como técnicas de Jiu-Jitsu e sobrevivência.

De acordo com o tenente-coronel, aprender defesa pessoal pode ajudar as mulheres a se sentirem mais confiantes e seguras em situações de perigo. Ele pondera que o curso de defesa pessoal tem como objetivo não ensinar a enfrentar o agressor, mas sim de fazer com que a vítima possa se defender a ponto de conseguir escapar em buscar ajuda.

“Por isso a importância da mulher saber se defender de um ataque ou agressão é fundamental para sua segurança, bem-estar e empoderamento. A expectativa é de poder abrir novas turmas posteriormente. Aprender defesa pessoal auxilia na segurança e aumenta a autoconfiança em situações de perigo”, ressalta.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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