A autoridade eleitoral da Venezuela confirmou, nesta sexta-feira (2), a reeleição para um terceiro mandato do presidente Nicolás Maduro com 52% dos votos, sobre o opositor Edmundo González Urrutia (43%), que denuncia fraude e reivindica a sua vitória.
O presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, leu o boletim atualizado com 97% das atas de votação apuradas, o que dá a Maduro 6,4 milhões de votos contra 5,3 milhões de González Urrutia, que os Estados Unidos, Argentina, Uruguai e Peru reconhecem como o vencedor.
Os integrantes da Suprema Corte foram indicados por Maduro, apontado como vencedor do pleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). A direção do órgão eleitoral também é realizada por um aliado de Maduro.
Ainda assim, a auditoria ocorre a pedido do próprio Maduro. Segundo o presidente, a maior instância da Justiça venezuelana é a única que tem o poder de auditar o resultado das eleições e conferir os resultados do CNE.
“Precisamos continuar firmes, organizados e mobilizados, com orgulho por ter obtido uma vitória histórica em 28 de julho e a consciência de que, para aproveitá-la, teremos de ir até o fim”, disse ela em um vídeo publicado nas redes sociais. “O mundo vai ver a força e a determinação de uma sociedade decidida a viver em liberdade”, acrescentou.
Em comunicado, o secretário de Estado, Anthony Blinken, destacou falhas significativas no processo eleitoral conduzido pelo CNE, que é controlado pelo governo Maduro.
Na ocasião, Blinken disse que “o processamento desses votos e o anúncio dos resultados pelo Conselho Eleitoral Nacional (CNE) controlado por Maduro foram profundamente falhos, produzindo um resultado anunciado que não representa a vontade do povo venezuelano”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.