A saúde bucal dos animais de estimação é um aspecto fundamental para o bem-estar geral, mas muitas vezes é negligenciada pelos donos. Desde a adoção de um pet, é essencial incorporar cuidados diários que vão além da alimentação, hidratação e um ambiente saudável. A higiene bucal é uma medida preventiva que pode evitar uma série de problemas graves no futuro.
A médica veterinária Clarisse Teixeira, especializada em saúde oral e oncologia, reforça que cuidar da saúde dos dentes dos pets os protege contra doenças orais, e também contribui significativamente para a saúde integral do animal.
“Avaliar a cavidade oral de nossos pets diariamente é um cuidado básico que devemos implantar em nossa rotina. A escovação dentária deve ser realizada pelo menos uma vez ao dia, todos os dias, desde o início”, orienta Clarisse. Ela explica que a higiene bucal adequada previne o acúmulo de bactérias que podem causar doenças como periodontite e gengivite, que afetam a saúde dos dentes, e a saúde geral do animal.
Os cães e gatos acumulam bactérias na cavidade oral pela alimentação, e também devido à fácil colonização por microrganismos. “A escovação dentária elimina a camada inicial de biofilme, evitando que as bactérias se transformem em placa bacteriana, tártaro ou cálculo dentário”, explica a veterinária.
Os gatos podem ser mais desafiadores quando se trata de escovação dentária. Clarisse Teixeira sugere implementar uma rotina com reforço positivo. “Existe a possibilidade de uso de dedeiras caso o animal não permita o uso de escovas. Petiscos específicos para saúde oral também estão disponíveis no mercado e podem ajudar no controle do cálculo dentário”, destaca.
Doenças comuns e prevenção
A periodontite é uma das doenças mais prevalentes, afetando cerca de 75% dos cães em algum momento da vida. É causada pelo acúmulo de bactérias, comprometendo a saúde do dente e a saúde geral. A gengivite, inflamação causada por bactérias e cálculo dentário, é também uma condição comum.
Uma doença grave que afeta principalmente os gatos é o complexo estomatite crônica felina. Trata-se de uma inflamação severa da cavidade oral causada por uma desordem imunológica. Causa processo inflamatório severo e muito doloroso e acomete toda a cavidade oral, sendo gengiva, mucosa oral, prega pterigoide e a região faringeana. “O tratamento indicado é a extração dos dentes distais aos caninos, evitando o acúmulo de bactérias e agravamento da inflamação da gengiva”, explica Clarisse. Nos cães, esta doença tem baixa prevalência em comparação com os gatos.
Em casos mais radicais, a extração dentária pode ser a única alternativa. “A extração é indicada em doenças periodontais, abscessos dentários, fraturas dentárias complicadas que não permitem tratamento endodôntico (canal), complexo estomatite crônica felina e mobilidade dentária”, justifica a profissional.
Manter a higiene bucal com escovação diária e visitas frequentes ao profissional da saúde oral para profilaxia são medidas essenciais para a prevenção. “Ficar atento a sinais como sangramento oral, mau hálito, dificuldade de mastigação e alteração de comportamento do pet pode indicar problemas que devem ser investigados e tratados adequadamente”, alerta a vetetinária.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.