O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, declarou nesta sexta-feira (26) que um avião com ex-presidentes a caminho da Venezuela foi impedido de decolar devido a um bloqueio do espaço aéreo venezuelano. As informações são do portal g1.
Na semana anterior, a Venezuela havia emitido um decreto fechando as fronteiras terrestres, aéreas e marítimas do país para pessoas e veículos a partir da meia-noite de sexta até as 8h de segunda (29), alegando que a medida visava manter a segurança e proteger a eleição presidencial, marcada para domingo (28).
Entre os passageiros do avião estavam a ex-presidente panamenha Mireya Moscoso e outros chanceleres, a ex-vice-presidente colombiana Maria Lucía Ramírez e o ex-presidente mexicano Vicente Fox.
“A aeronave não recebeu permissão para decolar de Tocumen enquanto eles estiverem a bordo”, afirmou Mulino em uma publicação no X.
Segundo o decreto emitido pela Defesa venezuelana, o fechamento das fronteiras tem o objetivo de “resguardar a inviolabilidade das fronteiras e prevenir atividades de pessoas que possam representar ameaças à segurança da República Bolivariana da Venezuela por ocasião da Eleição Presidencial do próximo dia 28 de julho de 2024”.
A medida tomada por Maduro é mais uma entre as que preocupam a comunidade internacional. Há receios de que o processo eleitoral não seja transparente ou que o presidente, no poder desde 2012, não aceite o resultado caso perca nas urnas.
Uma autoridade sênior dos Estados Unidos solicitou ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que reconsiderasse a decisão de impedir a entrada da comitiva de ex-presidentes no país, permitindo que observassem as eleições.
“Nicolás Maduro causou a suspensão de todos os voos da Copa com destino a Caracas e Venezuela,” disse Vicente Fox em um vídeo no Aeroporto de Tocumen, após desembarcar do avião.
O presidente Mulino também mencionou que outro voo da Copa Airlines, que partia de Caracas com destino ao Panamá, também não recebeu autorização para decolar.
O Ministério da Informação da Venezuela e a Copa Airlines não responderam aos pedidos de comentário da Reuters até a última atualização desta reportagem.
No início da semana, o ex-presidente argentino Alberto Fernandez e o tribunal eleitoral do Brasil retiraram-se de atuar como observadores na eleição presidencial da Venezuela, aumentando as preocupações sobre a justiça e a transparência do pleito.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.