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Cuiabá

Seminário das Pretas consolida visibilidade aos anseios da mulher negra e migrante

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A 3ª Edição do Seminário das Pretas, promovido pela Prefeitura de Cuiabá, via Secretaria Municipal da Mulher, nesta quinta-feira (25), no Hotel Fazenda Mato Grosso, teve a participação de mais de 200 pessoas entre autoridades e representantes de diversos segmentos do movimento pela igualdade racial.

O evento coincide com o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho, e fomenta a produção intelectual e acadêmica/ativista de mulheres negras.

“A participação social dessas mulheres negras, com seus depoimentos e as suas experiências, é uma fonte rica para estudo, pesquisa e elaboração de políticas públicas”, apontou Vânia Viana Santos, Secretária Nacional de Enfrentamento à Violência Contra Mulheres.

Além de estimular a reflexão social sobre os desafios contínuos enfrentados pela população feminina negra, o seminário buscou debater os altos índices de violência doméstica e feminicídio que afetam esse grupo.

Somente no Espaço de Acolhimento da Mulher, voltado ao atendimento de vítimas de agressões familiares, mais de 66% dos atendimentos são de mulheres negras. No setor de assessoria de suporte jurídico, o número gira em torno de 68%.

“Elas estão na ponta do subemprego. Elas estão na ponta onde a violência é intensa. É fundamental que façamos esse recorte para compreender por que estamos fazendo esse atendimento. São uma série de fatores que fazem com que essa mulher negra, de fato, fique numa posição de vulnerabilidade”, disse Elis Prates, adjunta da Mulher.

População Latino-Americana

A população migrante feminina também foi uma das vozes mais marcantes durante os painéis do seminário, pois as diversidades que se impõem às mulheres negras moldam o presente da população latina e caribenha presente na capital.

As mulheres migrantes de países como Venezuela, Haiti e outros latino-americanos enfrentam muitas formas de opressão cultural, racismo e machismo acentuados pela desigualdade social.

“A mulher imigrante, por estar em outro país, pois são dados e estudos comprovados, está mais vulnerável à violência doméstica por toda questão da vulnerabilidade social e, muitas vezes, cultural”, elencou Arlete Benitez, ativista social da população migrante.

As mulheres migrantes estão entre os grupos desproporcionalmente mais afetados por este problema de violência de gênero, discriminação racial e xenofobia.

Fonte: Prefeitura de Cuiabá – MT

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Cuiabá

Inauguração da sala de cinema no MISC marca as celebrações da 7ª edição do Festival Kwanza

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Na noite de quarta-feira (20), o Museu da Imagem e do Som de Cuiabá – MISC celebrou a inauguração da sua nova sala de cinema, o Cinemisc. O evento, parte da programação do 7º Festival Kwanza, marcou um momento histórico para a cultura cuiabana, especialmente para o audiovisual regional. A cerimônia também celebrou o Dia da Consciência Negra, com exibições que destacaram a relevância do cinema negro e mato-grossense.

A inauguração contou com a exibição de dois filmes: “Pandorga”, uma produção que simboliza um marco das políticas públicas no incentivo ao audiovisual, e “A Velhice Ilumina o Vento”, o filme mais premiado da história de Mato Grosso, reconhecido em eventos como o Festival Zózimo Bulbul, o maior festival de cinema negro da América Latina.

O secretário de Cultura, Esporte e Lazer de Cuiabá, Justino Astrevo, destacou a importância da nova sala:”Essa é a realização de uma antiga reivindicação do movimento audiovisual local. Nos últimos anos, a produção audiovisual cuiabana cresceu muito, mas faltava um espaço adequado para exibir essas obras. O Cinemisc é um marco, não só para os produtores locais, mas para a população em geral, que agora tem acesso gratuito a filmes da nossa terra”, comemorou.

A sala, que possui capacidade oficial para 50 pessoas e pode ser ampliada com cadeiras extras, foi projetada para oferecer uma experiência de cinema acessível e de alta qualidade técnica. De acordo com Cristóvão Luís Gonçalves da Silva, coordenador do MISC, o espaço é um sonho realizado para cineastas e produtores independentes. “Democratizar o acesso ao audiovisual era uma necessidade urgente. Agora, com essa sala, simplificamos o processo de exibição. É um lugar de encontro para artistas e público, com infraestrutura completa e sem custos para os realizadores”, afirmou Cristóvão.

A programação do Festival Kwanza segue nos dias 21 e 22 de novembro, com a exibição de outros filmes selecionados por Maurício Pinto, curador da mostra. Ele explicou a importância de trazer a temática negra para o centro do debate cultural. “O cinema negro é uma ferramenta poderosa para dar visibilidade às histórias e vivências da população negra. Esta sala, com exibições gratuitas e acessíveis, é um avanço imenso para a nossa cultura. Queremos resgatar e preservar a história, ao mesmo tempo em que criamos um espaço para novas narrativas.”

Além das exibições regulares às terças-feiras, o Cinemisc também estará disponível para cursos, oficinas e sessões agendadas por escolas e produtores locais.

Fonte: Prefeitura de Cuiabá – MT

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