O presidente norte-americano Joe Biden se dirigiu à nação nesta quarta-feira (24) pela primeira vez desde sua desistência da reeleição, anunciada no último domingo (21). A transmissão, ao vivo, ocorreu diretamente do Salão Oval.
Durante seu discurso, Biden exaltou a candidatura de sua vice, Kamala Harris, e defendeu sua decisão de deixar a corrida pela Casa Branca. Em um tom de urgência, ele pediu votos ao Partido Democrata: “A América deverá escolher entre avançar ou retroceder, entre esperança e ódio, entre união e divisão”.
Aos 81 anos, Biden definiu as eleições de 2024 como uma luta pela defesa da democracia, que ele considera estar em risco. O presidente afirmou que “a melhor forma [de vencer] é passar a tocha para a próxima geração”. Ele complementou: “Essa é a melhor forma de unir a nossa nação”.
“Ainda acreditamos na honestidade, decência, no respeito? Liberdade, justiça e democracia?” questionou Biden, associando esses valores a Harris, cuja candidatura é bem vista pelos democratas: “Ela é experiente, ela é dura, ela é capaz”, declarou, pedindo que o povo norte-americano também faça essa escolha.
O presidente afirmou que a “tarefa sagrada” de unir-se como país não se trata de um pedido por ele, mas sim pelos cidadãos: “Trata-se de vocês. Suas famílias. Seu futuro. Trata-se de ‘Nós, o povo’ [We, the people]”, em referência à introdução da Constituição dos Estados Unidos.
O discurso ocorreu em meio a especulações e tensões internas sobre sua desistência das eleições e sua sucessão.
Ao final, o mandatário delineou suas prioridades para os próximos seis meses de seu mandato. Ele prometeu continuar reduzindo os custos para famílias trabalhadoras, impulsionar o crescimento econômico, defender liberdades pessoais e direitos civis, e combater o “extremismo do ódio”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.