Quando vi a fachada do Edifício Renata Sampaio Ferreira, senti uma familiaridade com a modernidade de Brasília, especialmente pelos elementos vazados, característica dos projetos do arquiteto Oswaldo Bratke. Construído nos idos da década de 1950, o edifício integra um seleto grupo de seis construções tombadas em 2012 pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo, reconhecido por seu valor histórico e arquitetônico.
Após passar por um retrofit, o Edifício Renata foi reinventado como um destino de hospedagem para quem deseja explorar a região. Durante a DW! Semana de Design de São Paulo, ele foi escolhido como uma das hospedagens oficiais do evento, ao oferecer uma experiência incomparável aos participantes em um ambiente que harmoniza com maestria passado e presente.
O renovo, conduzido pela Planta.Inc, foi executado em consonância com o tombamento. “O Edifício Renata é mais um passo nos planos da Planta de readequar edifícios subutilizados no centro. O prédio é um marco da região não somente por sua arquitetura única como também pela proximidade com a melhor oferta de serviços e infraestrutura da cidade. São justamente essas peculiaridades que exigiram que o Edifício Renata tivesse um complexo de hospitalidade acima do normal. Torná-lo um prédio que funciona como hotel e também como residencial é fazer do local um endereço de trocas e de experiências entre novos moradores, hóspedes e frequentadores do centro”, explicou o CEO da Planta, Guil Blanche.
Um dos destaques desta transformação é a intervenção realizada na fachada, que criou varandas para as unidades e resgatou a beleza dos elementos vazados. Além disso, a piscina na esquina do edifício tornou-se um ponto focal, proporcionando uma vista deslumbrante da paisagem urbana de São Paulo. “A piscina é a única intervenção visível, e reforça a transformação do edifício através de um programa mais lúdico, tendo a paisagem do Centro como pano de fundo. Implantá-la justamente na esquina reforça essa ideia, a de que o nosso legado moderno construído é nossa melhor paisagem”, relatou Gustavo Cedroni, sócio da Metro Arquitetos.
Com 93 unidades que variam de 25 m² a 284 m², as reservas são feitas pela operadora de hospedagem Tabas by Blueground. “O projeto buscou reconectar o edifício com a cidade se utilizando de um programa bastante diversificado. Na torre e no embasamento, 93 apartamentos residenciais de diversos tamanhos procuram viabilizar um antigo desejo do Centro, ter mais e mais pessoas morando”, enfatizou Cedroni.
Em breve, serão inaugurados no térreo uma padaria, um restaurante e um bar, voltados para as movimentadas ruas que delimitam o lote – a Major Sertório e a Araújo. “Essa revitalização e proposta de ocupação é importante para requalificar um edifício que é patrimônio da cidade e adequá-lo ao novo momento do centro. E mostrar que é possível revitalizar a região por meio de parcerias bem-sucedidas entre a iniciativa privada e o poder público”, finalizou Blanche.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.