Na madrugada desta terça-feira (23), a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, agradeceu ao apoio dos delegados do Partido Democrata após formar maioria entre os representantes da sigla na Convenção Nacional, prevista para agosto.
Ela publicou, nas redes, um comunicado em que afirma ser a “nomeada democrata presuntiva à Presidência” dos EUA e se disse honrada por conquistar o apoio necessário do partido para concorrer à Casa Branca.
“Quando eu anuinciei minha campanha para presidente, eu disse que queria conquistar essa nomeação. Nesta noite, me sinto honrada em ter assegurado o amplo apoio necessário para me tornar a nomeada do partido”, escreveu, em um comunicado divulgado na plataforma X.
Ela disse que viajaria o país em campanha e usou a nota para criticar Trump.
“Esta eleição vai apresentar uma clara escolha entre duas visões diferentes. Donald Trump quer levar o nosso país de volta para um tempo antes do qual muitos de nós tínhamos liberdades totais e direitos iguais. Eu acredito em um futuro que fortalece nossa democracia, protege os nossos direitos reprodutivos e garante que todas as pessoas tenham a oportunidade não só de sobreviver, mas de ir adiante”, afirma no comunicado.
“Nos próximos meses, eu viajarei por todo o país falando com americanos sobre tudo o que está em jogo. E pretendo unir nosso partido e nossa nação, e derrotar Donald Trump”, conclui a vice-presidente.
Tonight, I am proud to have earned the support needed to become our party’s nominee.
Over the next few months, I’ll be traveling across the country talking to Americans about everything on the line. I fully intend to unite our party and our nation, and defeat Donald Trump. pic.twitter.com/Bsq3N6pMAi
Kamala Harris é a atual vice-presidente e foi senadora entre 2017 e 2021. Além disso, ela é a primeira vice-presidente negra dos Estados Unidos.
Harris é filha de imigrantes: seu pai é jamaicano e sua mãe é indiana.
Com um perfil progressista, como senadora ela defendeu a reforma do sistema de saúde, controle estrito no acesso a armas, descriminalização da maconha, legalização do aborto, progressão de impostos para a classe alta e que imigrantes ilegais tivessem acesso à cidadania americana.
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Logo após anunciar que desistiu de tentar a reeleição nos Estados Unidos , o presidente Joe Biden demonstrou apoio à candidatura de Kamala Harris DoD photo by U.S. Air Force Senior Airman Kevin Tanenbaum
Antes mesmo do mandatário oficializar sua desistência, a atual vice já era tratada como a favorita para assumir o posto de candidata do Partido Democrata. Gage Skidmore from Peoria, AZ, United States of America
A vice-presidente Kamala Harris, que sucederia Joe Biden em caso de morte ou incapacidade, está muito bem posicionada para ser a escolhida dos democratas. Gage Skidmore / Flickr
Filha de pai jamaicano e mãe indiana, foi a primeira mulher e a primeira pessoa negra a se tornar procuradora-geral da Califórnia e, mais tarde, a primeira senadora com família de origem sul-asiática. Gage Skidmore / Flickr
Como procuradora, ela construiu uma reputação de severidade que poderia ser lucrativa em uma campanha em que questões relacionadas à criminalidade pesam muito. Gage Skidmore / Flickr
Alguns progressistas, no entanto, criticam-na por suas penas severas para crimes menores, que afetaram principalmente as minorias. Gage Skidmore / Flickr
Além disso, a vice-presidente, de 59 anos, apresenta índices de popularidade anêmicos, o que pode levar os democratas a optarem por outro candidato. Gage Skidmore / Flickr
Nas últimas semanas, os republicanos ampliaram as críticas contra Harris, já prevendo a desistência de Biden. Gage Skidmore / Flickr
A estratégia de atacar a democrata ficou escancarada durante a Convenção Nacional Republicana , no início desta semana, quando Donald Trump foi oficializado o representante dos republicanos no pleito de novembro de 2024. Gage Skidmore / Flickr
Na ocasião, Harris chegou a ganhar a alcunha de “czar da fronteira”. Gage Skidmore / Flickr
Isto porque, na visão de membros do Partido Republicano, o alto fluxo de imigrantes nos EUA é de responsabilidade da vice-presidente. Gage Skidmore / Flickr
De acordo com lideranças republicanas, o aumento de estrangeiros ilegais está aumentando a insegurança no país. Gage Skidmore / Flickr
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.