O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, 22, que está assustado com as declarações do ditador da Venezuela , Nicolás Maduro, que afirmou que uma vitória da oposição nas eleições venezuelanas do próximo domingo, 28, resultaria em um banho de sangue .
“Fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que se ele perder as eleições vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto, não de sangue”, disse o presidente sobre o seu aliado durante coletiva de imprensa com agências internacionais em Brasília.
Essa é a segunda declaração recente do presidente em um tom relativamente crítico à ditadura venezuelana nos últimos meses, depois de ter bancado a reabilitação política de Maduro na América do Sul no ano passado. Em março, o governo criticou Maduro por não permitir a inscrição da opositora Corina Yoris para disputar a eleição.
Lula afirmou que vai enviar o seu assessor-chefe para assuntos internacionais, Celso Amorim, para Caracas como observador do processo eleitoral da Venezuela. Outros enviados brasileiros também estarão presentes na Venezuela. “Maduro sabe que a única chance que a Venezuela tem de retornar a normalidade é ter um processo eleitoral que seja respeitado por todos. Ele precisa respeitar este processo”, ponderou o presidente brasileiro.
Maduro governa a Venezuela desde 2013, assumindo o poder após a morte do antecessor e mentor Hugo Chávez. O ditador de 61 anos venceu eleições que os seus adversários consideraram não livres e justas. A sua reeleição em 2018 foi amplamente considerada uma farsa, uma vez que os principais partidos e candidatos da oposição foram proibidos de participar.
Seu principal adversário será Edmundo González, ex-diplomata escolhido pela coalizão de oposição para substituir María Corina Machado, a líder da oposição, que concordou em participar da disputa após uma negociação que contou com o apoio do Brasil, dos Estados Unidos e da União Europeia.
Sobre a rusga com o presidente da Argentina, Javier Milei, Lula se disse aberto a conversar com o libertário, desde que se desculpe sobre as ofensas ao petista durante a campanha. Milei tem criticado Lula desde que foi empossado como presidente e os dois mandatários ainda não se encontraram. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.