A utilização de curvas e a arquitetura orgânica não são novidades no mundo do design e da construção. Desde os arcos romanos até as obras de mestres como Antoni Gaudí, Frank Lloyd Wright e Oscar Niemeyer, as formas arredondadas e a integração harmoniosa com a natureza sempre tiveram um lugar de destaque. Na contemporaneidade, essa tendência ressurge com força, moldando novos projetos que buscam oferecer, além da estética, experiências sensoriais completas, promovendo acolhimento, fluidez e bem-estar.
Apesar de suas vantagens, a incorporação de formas curvas em projetos modernos apresenta desafios. Duda Almeida , sócia-proprietária do escritório Reis Arquitetura, ressalta que essas formas são irregulares e mais complexas de construir. “Além da dificuldade de construção, é necessário desenvolver materiais que suportem essa geometria, como madeiras dobráveis e vidros curvos” , explica. No entanto, tecnologias como a impressão 3D e o Building Information Modeling (BIM) têm facilitado esse processo.
Além de proporcionar uma sensação de acolhimento, as formas curvas oferecem outros benefícios práticos. “Do ponto de vista ergonômico, ao se evitar quinas e cantos, se promove um ambiente com menos riscos para o corpo humano” , observa Duda Almeida. Elementos curvos são também mais fáceis de compor, pois não dependem de fixações específicas, tornando o mobiliário mais versátil e adaptável.
Projetos emblemáticos ao redor do mundo, como o Metropol Parasol em Sevilha, as obras de Santiago Calatrava e Zaha Hadid, e as próprias criações de Niemeyer, demonstram o impacto das formas arredondadas na arquitetura. Em Brasília, o Museu da República é exemplo claro de como as curvas podem transformar e humanizar espaços públicos.
Após a pandemia, a busca por espaços que promovam bem-estar e saúde mental aumentou significativamente. “O uso correto de superfícies curvas e elementos fluidos se tornou constante nos projetos contemporâneos alinhados com a preocupação com a qualidade de vida” , explica Duda. Ela destaca que a combinação de elementos curvos com boa iluminação natural, ventilação adequada e paisagismo contribui significativamente para a saúde mental dos usuários.
Além das formas, a tendência atual em arquitetura orgânica está fortemente alinhada com conceitos de sustentabilidade e eficiência energética, utilizando materiais naturais e tecnologias avançadas. “A arquitetura deve respeitar ao máximo a natureza e trazer dela toda inspiração e complementação necessária a um projeto ecologicamente equilibrado” , afirma Duda Almeida. A impressão 3D, por exemplo, tem sido uma ferramenta revolucionária para criar estruturas complexas de maneira eficiente e sustentável.
Um estudo realizado pelo psicólogo Oshin Vartanian, da Universidade de Toronto , em parceria com designers europeus, demonstrou que as formas curvilíneas são geralmente mais apreciadas pelas pessoas do que as linhas retas. “Elas geram essa sensação de acolhimento e aconchego” , afirma a arquiteta Andréia Spessatto, sócia do escritório Sá | Spessatto Arquitetura.
A arquitetura orgânica, caracterizada pela suavidade e fluidez das suas formas, preza pela integração entre o ambiente construído e a paisagem natural. Náira Sá, também sócia do escritório, explica que essa abordagem vai além da estética. “Esse estilo transcende a mera ornamentação e traz um diferencial para o ambiente, complementando o espaço, valorizando o fluxo e a conectividade para quem visita” , diz ela.
No projeto da Sala das Lobas para a Mostra Artefacto Goiânia 2024, as arquitetas Andréia Spessatto e Náira Sá exemplificam essa tendência. O lounge de 90 metros quadrados apresenta um estofado circular, pufes arredondados e um painel curvo em madeira, criando um ambiente harmonioso e convidativo. “Cada elemento foi pensado para transmitir esse sentimento de conforto. Nós gostamos de propor um equilíbrio entre o reto e o curvo em todos os nossos projetos” , detalha Andréia.
Faltando apenas 12 dias para as eleições para a seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), a disputa ganha contornos de extrema emoção com o pleito mais disputado da história. É o que aponta pesquisa do instituto Índice Pesquisas, contratada pelo portal de notícias FOLHAMAX, revela que o candidato de oposição lidera a disputa.
Na segunda posição, estão tecnicamente empatadas a atual presidente Gisela Cardoso e a advogada Xênia Guerra, que representa uma divisão do atual grupo que comanda a entidade. A amostra foi realizada proporcionalmente com juristas do Estado.
Na modalidade espontânea, onde os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor, o advogado Pedro Paulo foi o mais lembrado, com 24%, mas com uma diferença de apenas meio ponto percentual, já que a atual presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, foi apontada por 23,5% dos entrevistados. Xênia Guerra aparece como intenção de voto de 18% dos juristas, enquanto Pedro Henrique teve o nome apontado por 1,5%. Segundo a pesquisa, 32,5% estão indecisos ou não votarão em nenhum e 0,5% citaram outros nomes.
Já na modalidade estimulada, onde os nomes dos postulantes à presidência da OAB-MT são divulgados ao eleitorado, Pedro Paulo abre uma distância maior, com 32,5%, contra 28% de Gisela Cardoso. Xênia Guerra aparece na terceira colocação, com 24%, enquanto Pedro Henrique registrou 3% dos entrevistados e outros 12,5% não souberam responder.
O Índice também projetou os votos válidos. Pelo cálculo, Pedro Paulo tem 37%; Gisela 32%; Xênia 27,5% e Pedro Henrique 3,5%.
O instituto ouviu 836 advogados, entre os dias 30 de setembro e 5 de novembro, por telefone. A pesquisa tem margem de erro de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. Não foi realizada amostragem sobre a rejeição aos candidatos. A eleição da OAB-MT será online, no dia 18 de novembro, das 9h às 17h, no horário de Cuiabá.