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MATO GROSSO

Sesp realiza formação de novos agentes do sistema socioeducativo

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A Secretária de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) iniciou, nesta quinta-feira (18.07), a Formação de Capacitação dos Servidores do Sistema Socioeducativo. O curso é ministrado para 14 novos profissionais que ocupam as vagas remanescentes do concurso para polos das cidades de Barra do Garças (511 km de Cuiabá), Rondonópolis (414 km de Cuiabá) e Sinop (480 km de Cuiabá).

O curso, que ocorre na Escola Estadual de Socioeducação, tem a duração mínima de 45 dias.

O objetivo do curso é preparar os profissionais para a compreensão teórica e prática do funcionamento do sistema, antes de serem enviados à execução da atribuição, com ensinamentos necessários para o trabalho diário com os adolescentes privados de liberdade.

Entre as aulas estão as de defesa pessoal, verbalização, para a resolução de problemas por meio do diálogo, o manuseio de bastão-tonfa, e o uso do Treinamento Nacional de Lideranças (TNL), e as questões de escolta e comboio.

“É importante a gente ressaltar que a capacitação hoje é super necessária, tanto como inicial, pois assim eles vão ter as noções iniciais, quanto depois de forma continuada para manutenção do conhecimento, inclusive porque no sistema socioeducativo, nas unidades de internação, a gente só recepciona adolescentes autores de atos infracionais de caráter grave e gravíssimo”, disse a secretária adjunta de Justiça, Lenice Silva, gestora do Sistema Socioeducativo.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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