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Agronegócio

Brasil vive intempéries climáticas: no Sul chuva e frio; no norte seca e calor

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Enquanto o Sul do Brasil lida com excesso de chuvas e temperaturas baixas, as demais regiões do país enfrentam uma situação oposta: seca severa e risco elevado de incêndios. A disparidade climática tem provocado impactos significativos e desafios variados para diferentes áreas do território nacional.

No sudoeste do Amazonas, particularmente no município de Envira, a seca está se tornando um dos eventos climáticos mais graves dos últimos anos. O governo estadual relatou que cerca de 10 mil pessoas estão sendo diretamente afetadas pela falta de água, que tem isolado comunidades e prejudicado o transporte de embarcações. A situação é crítica e tem sido comparada à seca severa do ano passado, com a previsão de que o cenário possa piorar ainda mais. Em Manaus, por exemplo, o nível do Rio Negro caiu 54 centímetros em julho, destacando a gravidade da crise hídrica na região.

O meteorologista Arthur Müller, do Canal Rural, alerta que o cenário tende a se agravar devido ao Atlântico Tropical aquecido, que tem impacto direto nas chuvas na região Norte. Müller projeta que o solo continuará extremamente ressecado, com volumes de precipitação previstos de apenas 15 a 20 mm nos próximos cinco dias, o que é insuficiente para reverter o quadro atual. As temperaturas podem chegar a 38 °C, exacerbando ainda mais a situação de seca.

A seca também está contribuindo para um aumento do risco de incêndios no Pantanal. Embora os focos de incêndio já estejam 96% controlados ou extintos, conforme relatado pelo Ministério do Meio Ambiente, a baixa umidade e as altas temperaturas mantêm a ameaça constante de novos incêndios.

Em contraste, a região Sul do Brasil enfrenta um excesso de chuvas e temperaturas mais baixas, o que tem gerado alagamentos e dificuldades para os produtores agrícolas locais. A situação climática no Sul tem trazido desafios distintos, com necessidade de monitoramento contínuo das condições meteorológicas.

No restante do país, a previsão do tempo para as próximas 24 horas indica uma continuidade das condições secas e quentes. Chuvas são esperadas apenas na faixa litorânea, com garoas leves, enquanto o tempo deve permanecer ensolarado e quente em áreas como o norte do Paraná e o Matopiba.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Safra de algodão 24/25 deve crescer 8% e Brasil mantém liderança global

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A produção de algodão no Brasil para a safra 2024/2025 está projetada para crescer 8%, consolidando a posição do país como líder global nas exportações do produto. As primeiras estimativas, divulgadas pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), indicam uma produção de 3,97 milhões de toneladas de pluma, numa área de 2,14 milhões de hectares. Esses números são mais otimistas do que os divulgados anteriormente pela Conab, que previam uma produção de 3,68 milhões de toneladas.

Na safra 2023/2024, o Brasil registrou uma área total de 1,99 milhão de hectares, com produção de 3,68 milhões de toneladas de pluma e produtividade de 1848 quilos por hectare. Mato Grosso se manteve como o maior produtor nacional, seguido pela Bahia e Mato Grosso do Sul.

A oferta global de algodão, marcada por grandes safras no Brasil, Estados Unidos e Austrália, contrasta com uma demanda moderada, especialmente devido à redução das importações pela China, que no ciclo anterior representava 50% das exportações brasileiras e agora absorve apenas cerca de 20%. Isso desafia o setor a buscar novos mercados, como Índia e Egito.

No mercado interno, a demanda segue moderada, e a expectativa é de que o preço se mantenha estável, com possível queda no final do ano devido ao aumento da oferta. No entanto, a qualidade e o rendimento da safra têm sido positivos, trazendo otimismo para o setor. De acordo com as associações de produtores estaduais, a área plantada com algodão no país deverá ser cerca de 7,4% maior em relação ao ciclo 2023/2024, chegando a 2,14 milhões de hectares. Com uma produtividade projetada de 1859 quilos por hectare, a produção pode alcançar 3,97 milhões de toneladas, um crescimento aproximado de 8%.

Apesar do crescimento na produção, o setor enfrenta desafios significativos nas exportações. A crise econômica na Argentina, principal mercado para os produtos brasileiros, resultou em uma queda de 9,5% nas exportações de têxteis e confeccionados. Esse cenário exige que o setor busque novos mercados e estratégias para manter sua competitividade internacional.

A previsão de cortes de empregos no final do ano, devido à sazonalidade da produção, é uma preocupação adicional. No entanto, a geração de quase 25 mil novos empregos de janeiro a julho de 2024 demonstra a capacidade do setor de se adaptar e crescer, mesmo em um ambiente desafiador.

Fonte: Pensar Agro

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