O Parlamento de Israel aprovou nesta quinta-feira (18), por 68 votos a 9, uma resolução que rejeita o nascimento de um Estado palestino.
O texto foi apoiado tanto pela coalizão do premiê Benjamin Netanyahu quanto pela oposição de direita e pelo partido centrista de Benny Gantz, enquanto árabes e trabalhistas votaram contra.
“Um Estado palestino no coração de Israel constituiria uma ameaça existencial para Israel e seus cidadãos, perpetuaria o conflito e desestabilizaria a região”, diz a resolução, que chega às vésperas de uma viagem de Netanyahu aos EUA, cujo presidente, Joe Biden , defende a solução dos dois Estados.
A Knesset já havia aprovado uma resolução semelhante em fevereiro passado, mas, na ocasião, o texto rejeitava um Estado palestino no caso de uma decisão “unilateral”. Desta vez, o documento rechaça até mesmo uma solução negociada.
“Promover a ideia de um Estado palestino agora seria uma recompensa para o terrorismo e encorajaria o Hamas”, diz a resolução.
Um porta-voz de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), reagiu e afirmou que “não haverá paz nem segurança sem a instituição de um Estado palestino em conformidade com a legislação internacional”.
“Essas decisões confirmam a insistência de Israel e de sua coalizão de governo em querer jogar toda a região no abismo”, acrescentou.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.