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MATO GROSSO

Operação Karkinos prende quatro pessoas por tráfico e sequestro de jovem de Rondônia

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A Operação Karkinos, deflagrada nesta quinta-feira (18.07) pela Delegacia de Campos de Júlio para o combate ao tráfico de drogas no município, resultou em quatro prisões em flagrante, sendo duas por tráfico e porte ilegal de arma de fogo e outras duas por sequestro, tortura e cárcere privado.

Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em residências com ligações com uma facção criminosa. A investigação da Polícia Civil foi iniciada para apurar o desaparecimento do jovem Patrício Tales Landvoigt Alves Santos, de 24 anos, que desapareceu na semana passada.

De acordo com as investigações, Patrício estava sentado em frente ao alojamento onde trabalhava, quando foi sequestrado. Os suspeitos do crime, ligados a uma facção, fizeram uma chamada de vídeo para líderes do grupo criminoso, que autorizaram o sequestro da vítima.

Após depoimentos de testemunhas e outras diligências realizadas, a equipe policial conseguiu identificar o local para onde a vítima foi levada.

Nesta quinta-feira, ao chegarem ao cativeiro, os policiais civis não encontraram a vítima na casa, mas foram encontrados vestígios da presença de Patrício no local.

Prisões e apreensões

Durante a operação, dois dos envolvidos no sequestro da vítima foram flagrados guardando o local do cativeiro e presos em flagrante por sequestro e cárcere privado, majorado pela tortura em associação criminosa. Outros dois suspeitos foram presos por tráfico de drogas e porte de arma de fogo.

O delegado Mateus Reiners explicou que a investigação prossegue para chegar aos demais envolvidos no sequestro.

Local onde a vítima foi mantida e torturada

Sequestro

Patrício é morador de Vilhena (RO) e desapareceu na última quinta-feira (11.07). Ele foi sequestrado de um alojamento de trabalhadores em Campos de Júlio, por membros da facção criminosa que atua no tráfico de drogas.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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