Os democratas dos EUA disseram nesta quarta-feira (17) que planejam uma nomeação virtual acelerada para o presidente Joe Biden na primeira semana de agosto, apesar da reação de alguns legisladores que querem que ele se afaste.
Alguns democratas criticaram os planos de votação remota, acusando o partido de tentar forçar a candidatura de Biden em vez de esperar pela convenção do partido em Chicago, que começa em 19 de agosto.
A medida ocorre no momento em que uma nova pesquisa mostra que quase dois terços dos democratas querem que o presidente de 81 anos se retire, depois que um desempenho sombrio em um debate televisivo contra Donald Trump levantou preocupações sobre sua condição física.
O comitê de regras da Convenção Nacional Democrata se reunirá na sexta-feira para discutir os planos, mas “nenhuma votação virtual começará antes de 1º de agosto”, afirmou em carta aos membros obtida pela AFP.
Surgiram relatórios esta semana de que o processo poderia começar já na próxima semana.
“Não implementaremos um processo de votação virtual apressado”, dizia a carta.
Mas os chefes dos partidos dizem que precisam realizar a nomeação virtual até 7 de agosto, que é o prazo estabelecido pelo estado de Ohio, liderado pelos republicanos, para que as nomeações sejam apresentadas.
Como esse prazo é anterior à convenção democrata, quando Biden deveria ser formalmente nomeado, ele corria o risco de não comparecer à votação em Ohio.
O governador de Ohio assinou uma lei que dá mais tempo a Biden, mas como essa lei só entra em vigor em setembro, todo o processo permanece em dúvida, disse a mídia norte-americana.
“Não confio neles em Ohio para fazer isso”, disse o governador democrata de Minnesota, Tim Walz, copresidente do comitê de regras da Convenção Nacional Democrata, em entrevista coletiva nesta quarta-feira.
Ohio é o estado natal do novo companheiro de chapa de Trump, J.D. Vance .
O vice-gerente da campanha de Biden, Quentin Fulks, pediu à mídia que não se “envolva em histórias de processo”, enquanto os republicanos “mentem ao povo americano sobre praticamente todas as questões”.
Mas o plano irritou alguns democratas, com vários legisladores planejando assinar uma carta contra o mesmo, segundo a imprensa norte-americana.
Cerca de 20 democratas da Câmara apelaram publicamente à renúncia de Biden, e a discórdia aumentou novamente após uma breve pausa após uma tentativa de assassinato contra Trump .
Uma pesquisa da Associated Press e do NORC Center for Public Affairs Research disse nesta quarta-feira que 65% dos democratas querem que ele se retire.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.