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Cuiabá

Após tragédia no Shopping Popular, presidente Lula garante ajuda para reconstrução da vida de 600 famílias

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Mediante a tragédia que transformou em cinzas os sonhos de mais de 600 famílias, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, garantiu apoio do governo federal para a reconstrução das atividades do Shopping Popular de Cuiabá, destruído pelas chamas durante a madrugada desta segunda-feira (15 de julho). Vice-líder do presidente, a pedido do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, o deputado federal Emanuelzinho comunicou à Casa Civil e ao ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, a situação que prejudicou a mais de 600 famílias (cerca de três mil pessoas direta e indiretamente) que dependem das atividades do maior centro comercial do Estado, fundado há quase 30 anos. Ao lado do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o presidente garantiu o suporte necessário às famílias, por meio do presidente da Associação do Shopping Popular, Misael Galvão.

“Eu estou recebendo o ministro Carlos Fávaro que vem me contar uma tragédia que aconteceu hoje de madrugada em Cuiabá. Isso aqui é uma foto que ele me mostrou de um shopping popular construído pelos trabalhadores que tem como presidente o companheiro Misael Galvão, que é o organizador de todas as pessoas que tem loja nesse shopping. São praticamente 600 lojas. Um espaço feito pelos próprios trabalhadores. Eu sei que a cidade está coordenada, eu sei que o Estado está muito sofrido com isso e eu sei que o povo que trabalha precisa de perspectiva de vida. Nós do governo federal vamos conversar com o prefeito. Nós, do governo federal, vamos ajudar a reconstruir a possibilidade de vocês voltarem a trabalhar com cidadania, com dignidade e de forma muito respeitosa. O trabalho que vocês fizeram é extraordinário, é um modelo de exemplo para como é que os camelos devem se organizar e nós vamos contribuir com vocês”, disse o presidente Lula.

O prefeito Emanuel Pinheiro, a primeira autoridade a chegar no local consumido pelo fogo no início da manhã, em solidariedade às vítimas e ao presidente Misael Galvão, declarou que a “Prefeitura de Cuiabá não medirá esforços para auxiliar os comerciantes”. Ainda nesta segunda-feira, o gestor anunciou: o trabalho conjunto do Cuiabanco e Desenvolve MT para maior assertividade na concessão de linhas de crédito e a cessão do espaço do Complexo Dom Aquino para a reabertura (em caráter temporário) de um centro comercial. A Secretaria de Ordem Pública irá auxiliar no processo de legalização das empresas e fornecer a documentação necessária para viabilizar as possibilidades de crédito, além de garantir a segurança do local. A Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (Limpurb) e a Secretaria de Obras Públicas, mediante liberação do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, irão atuar imediatamente para liberar a área e manter a limpeza e a ordem pública.

O centro de compras popular beneficiava cerca de 600 famílias, gerando mais de três mil empregos diretos e indiretos, e terá também um protocolo de apoio psicossocial específico por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência, uma proposta sugerida pela primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro.

“É necessário, tanto pelo município de Cuiabá quanto pelo governo do Estado, trabalhar em conjunto com o anúncio de medidas de linha de crédito para auxiliar na realocação desses trabalhadores em outra localidade, além da reconstrução do espaço do shopping popular e na recapitalização das famílias que perderam tudo do dia para a noite. O governo federal está preocupado e atento à situação, pois são mais de 600 famílias que perderam tudo. Há 100% de apoio do governo federal”, declarou o deputado Emanuelzinho durante a tarde de hoje.

Fonte: Prefeitura de Cuiabá – MT

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Cuiabá

Por 5×2, TCE-MT aprova contas de 2022 da Prefeitura de Cuiabá e destaca esforço na Saúde durante a pandemia

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As contas da Prefeitura de Cuiabá referentes ao exercício de 2022 foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT) na tarde desta terça-feira (3), após análise de um recurso apresentado pelo Município. Cinco conselheiros votaram favoravelmente à aprovação: Valter Albano (relator), Waldir Teis, Domingos Neto, Guilherme Maluf e o presidente da Corte, Sérgio Ricardo. Os conselheiros reforçaram o entendimento técnico apresentado pela Secretaria-Geral de Controle Externo que apontou como fatores determinantes a frustração de receitas e os atendimentos de saúde realizados para pacientes não residentes, sem o devido cofinanciamento por parte do Estado.

Em seu voto, o relator destacou o esforço da Prefeitura de Cuiabá para ampliar os serviços de saúde durante a pandemia de Covid-19, o que resultou em um aumento de mais de 46% nas despesas municipais. Simultaneamente, houve uma redução nos repasses estaduais e federais, agravando o déficit nas contas públicas.

O relator também apontou outras dificuldades enfrentadas pelo Município, como: a falta de repasses do Estado para financiamento da saúde pública; aumento das despesas com atendimentos de saúde a pacientes de outros municípios, sem contrapartida financeira; gastos represados de exercícios anteriores; registros tardios de despesas, embora não ilegítimos.
Considerando o contexto apresentado, o relator enfatizou que a regularização das despesas deve ser vista como um fator atenuante, dado o cenário de aumento expressivo dos custos durante e após a pandemia, sem um crescimento proporcional das receitas.

“É importante destacar que, devido à situação atípica gerada pela pandemia, as despesas com saúde no município aumentaram significativamente. Em 2020, os gastos cresceram 46,46% em comparação ao exercício anterior, enquanto os repasses do SUS, provenientes do Estado e da União, tiveram um aumento de apenas 31,55% no mesmo período. Em 2022, essa disparidade se agravou ainda mais, as despesas com saúde registraram um aumento de 27,1%, representando aproximadamente R$ 313 milhões. Esse cenário evidencia, por um lado, uma frustração de receita e, por outro, um expressivo aumento nos custos, gerando uma pressão ainda maior sobre o orçamento municipal”, disse em votação.

Além disso, foi evidenciada uma redução de aproximadamente R$ 200 milhões nos repasses do SUS provenientes do Estado e da União em relação a 2021. Também foi destacada a necessidade urgente de o Governo do Estado revisar a Programação Pactuada Integrada (PPI), que define e quantifica as ações de saúde destinadas aos municípios, por estar defasada em relação à realidade atual.
Por fim, o parecer concluiu que o Município tem mantido atendimentos a pacientes de outras cidades sem contrapartidas financeiras, o que sobrecarrega o orçamento local, reforçando a necessidade de ajustes nos mecanismos de pactuação e financiamento.

“O município de Cuiabá, no entanto, continuou a atender, além dos pacientes da capital, pessoas vindas de outros municípios do interior e até de outros estados, sem receber qualquer apoio financeiro dos municípios de origem desses pacientes. Esse cenário gerou um grande desequilíbrio entre a receita e as despesas necessárias para custear tais atendimentos. Senhor presidente e senhores conselheiros, ao abordar esse ponto, lembrei-me de uma observação feita pelo ilustre conselheiro Guilherme Maluf durante uma mesa técnica que tratou da área de saúde em Cuiabá, com foco na Empresa Cuiabana de Saúde Pública, responsável pelos hospitais municipais, incluindo o HMC e o Hospital São Benedito. Na ocasião, o conselheiro Guilherme Maluf ressaltou a urgência de o governo do Estado revisar a Programação Pactuada Integrada (PPI), um instrumento essencial para a definição e quantificação das ações de saúde nos territórios”, declarou Albano.

O conselheiro destacou que a PPI encontra-se extremamente desatualizada, o que compromete a alocação correta de responsabilidades entre os municípios. Citou, por exemplo, “um caso teórico em que o município de Poconé deveria ser atendido por Várzea Grande para 60 procedimentos, mas, na prática, Várzea Grande estaria realizando 156 atendimentos, pois não há como negar assistência. Esse descompasso evidencia a necessidade urgente de atualização e reorganização da PPI para garantir um equilíbrio mais justo e sustentável no sistema de saúde.

Fonte: Prefeitura de Cuiabá – MT

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