O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), negou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá direito de vetar o apoio dos deputados a algum candidato para a sucessão na direção da Casa no ano que vem. As declarações ocorreram nesta segunda-feira (15), em entrevista à CNN Brasil .
“A minha conversa com o presidente Lula sempre foi muito clara. Em todas as conversas, ele disse que eu teria o direito de fazer, ou tentar fazer, o sucessor, como ele quer fazer o dele quando deixar a Presidência da República. Isso é um direito de quem está, de quem conduz, de quem negocia, de quem ouve, de quem conversa. Lógico que tem muitos fatores. A gente falar de veto, ou de escolha, não” , declarou Lira.
Segundo o presidente da Câmara, deve haver “conversas nos níveis que a gente tem hoje” . Ele disse ter feito ao Planalto uma garantia “de segurança econômica, de não ter nenhum tipo de pauta que cause transtorno econômico e de não ter nenhuma mudança brusca no comportamento político, ou seja, não instabilizar, e não deixar de se posicionar” .
Na ocasião, Lira afirmou que há “três grandes nomes” . A eleição ocorrerá no início do ano que vem.Até o momento, os nomes em destaque na disputa pela sucessão de Lira são o do líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), o do líder do PSD na Câmara, Antonio Brito (BA), e o do presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP). Também têm sido citados pelos deputados, como nomes que correm por fora, Isnaldo Bulhões (MDB-AL), Hugo Motta (Republicanos-PB) e Dr. Luizinho (PP-RJ). Os três são líderes partidários.
“Hoje, nós temos três grandes nomes para a disputa da presidência da Câmara em 2025, e três grandes nomes do mesmo grupo político, do mesmo bloco político. Eu tive os votos dos três nas duas eleições que disputei . “Portanto, de mim, há justiça de deixar que cada um caminhe, faça as suas conversas, lute pelo objetivo. Eu já estive nessa posição, e é importante que todos tenham a oportunidade de conversar, de discutir. Em agosto, as coisas afunilarão, eu penso, para que tenhamos o apoio do centro, da direita, da esquerda”, disse o presidente da Câmara, lembrando que somente PSOL, Rede e Novo não compõem o bloco partidário do qual participam os três nomes.
Nome deve sair em agosto Arthur Lira afirmou que deve ser amadurecida em agosto a decisão sobre quem apoiar para a sucessão no seu cargo. “Eu sempre pedi muita calma e muita tranquilidade nessa discussão, primeiro, em respeito aos mandatos de quem está exercendo” , afirmou Lira.
“A imprensa, lógico que confunde um pouco relação pessoal com discussão, com escolha, com a base de discernimento do que a gente pensa que pode ser melhor para a Câmara dos Deputados, respeitando que isso é uma casa de 513, e não a casa do presidente Arthur, nem do líder A, nem do líder B”, destacou.
Ele acrescentou que a Casa pulsa, normalmente, no segundo biênio, com uma aproximação muito maior dos eleitores aos candidatos. “Isso vai ser fundamental para a escolha, para a decisão, que nós deveremos, tranquilamente, amadurecer durante o mês de agosto, para dar tempo de sobra para que possíveis correções, ajustes, unidades, possam acontecer” , disse em referência às conversas que ainda devem ocorrer entre deputados sobre o processo de sucessão na Casa.
Faltando apenas 12 dias para as eleições para a seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), a disputa ganha contornos de extrema emoção com o pleito mais disputado da história. É o que aponta pesquisa do instituto Índice Pesquisas, contratada pelo portal de notícias FOLHAMAX, revela que o candidato de oposição lidera a disputa.
Na segunda posição, estão tecnicamente empatadas a atual presidente Gisela Cardoso e a advogada Xênia Guerra, que representa uma divisão do atual grupo que comanda a entidade. A amostra foi realizada proporcionalmente com juristas do Estado.
Na modalidade espontânea, onde os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor, o advogado Pedro Paulo foi o mais lembrado, com 24%, mas com uma diferença de apenas meio ponto percentual, já que a atual presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, foi apontada por 23,5% dos entrevistados. Xênia Guerra aparece como intenção de voto de 18% dos juristas, enquanto Pedro Henrique teve o nome apontado por 1,5%. Segundo a pesquisa, 32,5% estão indecisos ou não votarão em nenhum e 0,5% citaram outros nomes.
Já na modalidade estimulada, onde os nomes dos postulantes à presidência da OAB-MT são divulgados ao eleitorado, Pedro Paulo abre uma distância maior, com 32,5%, contra 28% de Gisela Cardoso. Xênia Guerra aparece na terceira colocação, com 24%, enquanto Pedro Henrique registrou 3% dos entrevistados e outros 12,5% não souberam responder.
O Índice também projetou os votos válidos. Pelo cálculo, Pedro Paulo tem 37%; Gisela 32%; Xênia 27,5% e Pedro Henrique 3,5%.
O instituto ouviu 836 advogados, entre os dias 30 de setembro e 5 de novembro, por telefone. A pesquisa tem margem de erro de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. Não foi realizada amostragem sobre a rejeição aos candidatos. A eleição da OAB-MT será online, no dia 18 de novembro, das 9h às 17h, no horário de Cuiabá.