O World Schools Debating Championships (WSDC) é uma competição internacional de alto prestígio que reúne anualmente os melhores jovens debatedores de cada país. De 10 a 14 de julho, em Praga, na República Tcheca, ocorreu uma etapa preparatória para a competição principal, que será realizada de 16 a 26 de julho na Sérvia. A equipe do Brasil , composta por cinco talentosos estudantes, segue viagem nesta terça-feira (16), prontos para demonstrar suas habilidades no maior palco do debate escolar do mundo.
Os representantes do Brasil, selecionados entre 313 jovens, são Vitor Cezário, Renata Hamdar, Luiz Arns, Halytza Dutra e Ícaro Teixeira. Sob a orientação de Jess Peixoto e Gabriel Guia, renomados debatedores universitários do Instituto Brasileiro de Debates (IBD), a equipe brasileira foi rigorosamente treinada para este desafio. A dedicação dos estudantes e treinadores garantiu ao Brasil a 11ª colocação no ranking classificatório do evento.
Essa será a quarta participação do Brasil no WSDC. Até então, o melhor desempenho da equipe foi em 2023, quando venceram quatro de oito debates. No entanto, a expectativa para 2024 é superar o ano anterior e, pela primeira vez, ficar entre as 16 melhores nações, chegando na fase de mata-mata da competição.
Jess Peixoto, treinadora da equipe, ressaltou a intensidade do preparo. “Muitas pessoas não entendem o nível de dedicação e esforço que este esporte intelectual exige desses jovens, que, ao invés de estarem jogando videogame, escolhem passar horas estudando” , comenta.
Vitor Cezário, capitão da equipe, expressou o privilégio de representar o Brasil. “Além de exaltar um esporte intelectual que aprimora habilidades amplamente exigidas na atualidade, simboliza a ascensão da educação brasileira ao topo educacional global” , diz.
Renata Hamdar compartilhou o entusiasmo da equipe. “Estamos emocionados em trazer nosso estilo único de debate, caracterizado por paixão, argumentação incisiva e criatividade, para este palco global” , exalta. Luiz Arns acrescentou: “Queremos ser conhecidos não apenas como nação do futebol, mas também do debate e da educação.”
Os esforços dos jovens brasileiros vão além dos troféus. Nos últimos três anos, membros da Seleção Brasileira de Debates foram aceitos com bolsas de estudo em universidades de renome mundial. Luiz Martins, ex-capitão da equipe, destacou as aprovações. “Através da liderança como capitão da seleção brasileira de debates, desenvolvi habilidades de comunicação e pensamento crítico que foram fundamentais para minha admissão em instituições renomadas como Harvard e Yale” , explica.
No Pré-Mundial, a equipe brasileira conquistou três prêmios individuais: Vitor Cezário foi eleito o 4º Melhor Orador na categoria EFL, enquanto Renata Hamdar conquistou o título de 9ª Melhor Oradora na mesma categoria, além de ter sido a Melhor Oradora Novice do torneio. Além disso, ficou na frente de países tradicionais nos debates escolares, como a Malásia.
Jess Peixoto concluiu com orgulho: “Estamos plantando as sementes de uma geração de líderes pensantes, capazes de enfrentar os desafios do futuro com argumentação sólida e mente aberta.” Com a preparação em Praga concluída, a equipe brasileira segue confiante para a Sérvia, pronta para representar o país com excelência na Copa do Mundo de debates.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.