O FBI (Federal Bureau of Investigation) investiga o ataque a tiros ao ex-presidente Donald Trump como um possível ato de terrorismo doméstico e busca entender a motivação do crime. Embora a investigação indique que o atirador, Thomas Crooks, de 20 anos, tenha agido sozinho, o FBI quer identificar se houve um co-autor no planejamento do ataque.
O departamento divulgou essas informações em um boletim no domingo, 14 de julho de 2024, como a atualização mais recente sobre as investigações do caso (Leia a íntegra abaixo).
O FBI está examinando o telefone de Crooks, que não estava no radar do departamento antes do incidente. A arma utilizada pelo atirador foi comprada legalmente.
No sábado, 13 de julho de 2024, Trump sofreu um ataque a tiros enquanto realizava um comício em Butler, na Pensilvânia, levantando preocupações de segurança em relação às eleições dos Estados Unidos, marcadas para 5 de novembro. Trump estava discursando quando os tiros foram ouvidos por volta das 19h (horário de Brasília). Ele levou a mão à orelha direita, abaixou-se e foi cercado por agentes do Serviço Secreto, erguendo o punho direito antes de sair do palco, com o rosto sujo de sangue.
Trump é baleado em comício por jovem de 20 anos, posteriormente morto pelo Serviço Secreto x
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Trump é baleado em comício por jovem de 20 anos, posteriormente morto pelo Serviço Secreto x
O porta-voz da campanha de Trump, Steven Cheung, afirmou em uma publicação no X (ex-Twitter) que Trump estava bem e foi atendido em um hospital na cidade. Ele foi atingido de raspão na orelha. O porta-voz do Serviço Secreto, Anthony Guglielmi, também confirmou a segurança de Trump e anunciou a abertura de uma investigação sobre o caso.
O presidente dos EUA, Joe Biden, divulgou um comunicado agradecendo a atuação do Serviço Secreto e condenando o ataque, afirmando que “não há lugar para esse tipo de violência nos EUA”.
Trump manifestou-se na Truth Social, agradecendo pela rápida resposta do Serviço Secreto e relatando que percebeu o que estava acontecendo ao ver que estava sangrando. Diversas autoridades brasileiras e internacionais, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro, prestaram solidariedade a Trump. Elon Musk também expressou apoio ao ex-presidente.
Anthony Guglielmi confirmou a morte do atirador e de uma pessoa na plateia, além de informar que outras duas pessoas se feriram gravemente. O atirador estava em uma posição elevada fora do local do comício, como mostrado em imagens nas redes sociais. Trump foi atendido em um hospital na Pensilvânia e depois seguiu para Nova Jersey na madrugada de domingo.
O FBI identificou o atirador como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, morador de Bethel Park, Pensilvânia, a cerca de 70 km de Butler. O ataque foi classificado como uma tentativa de assassinato de Trump, e o FBI trabalha para identificar a motivação. Crooks, registrado como republicano, fez uma doação de US$ 15 ao Progressive Turnout Project em 2021, mas não tinha antecedentes criminais.
Trump atribuiu a Deus o fato de que o impensável não aconteceu. Autoridades encontraram dispositivos explosivos no carro de Crooks e em sua casa em Bethel Park.
Biden anunciou uma revisão das medidas de segurança para a Convenção Nacional do Partido Republicano e determinou uma análise independente de segurança sobre o comício, com a promessa de compartilhar os resultados com o povo norte-americano.
Leia abaixo a íntegra do informe do FBI em português:
“O FBI está investigando o incidente com tiros no comício de 13 de julho em Butler, Pensilvânia, que resultou na morte de uma vítima e ferimentos no ex-presidente Trump e outros espectadores, como uma tentativa de assassinato e possível terrorismo doméstico. Embora a investigação até o momento indique que o atirador agiu sozinho, o FBI continua a conduzir atividade investigativa para determinar se houve algum co-conspirador associado a este ataque. No momento, não há preocupações atuais com a segurança pública. O FBI não identificou um motivo para as ações do atirador, mas estamos trabalhando para determinar a sequência de eventos e os movimentos do atirador antes do tiroteio, coletando e revisando evidências, conduzindo entrevistas e acompanhando todas as pistas. Também obtivemos o telefone do atirador para exame. O FBI vasculhou a casa e o veículo do atirador para coletar evidências adicionais. Dispositivos suspeitos encontrados em ambos os locais foram tornados seguros por técnicos de bombas e estão sendo avaliados no Laboratório do FBI. A arma de fogo usada no tiroteio foi comprada legalmente. O atirador não era conhecido do FBI antes deste incidente. A investigação do FBI está sendo liderada pelo Pittsburgh Field Office do FBI em coordenação com nossos parceiros locais, estaduais e federais.”
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.