O Centro Estadual de Cidadania (CEC), gerenciado pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc), realizou 78.643 mil atendimentos no primeiro semestre deste ano. A unidade, localizada no Várzea Grande Shopping, reúne diversos serviços em um só espaço, como emissão das carteiras de identidade e de trabalho, habilitação do seguro desemprego e habilitação, q fim de facilitar o acesso da população várzea-grandense.
Os serviços do Detran foram os mais solicitados, totalizando mais de 42 mil atendimentos, como a abertura de processo e protocolo de entrega de CNH, captura de imagem, exame teórico, emissão de taxas, autenticação, entre outros.
Além do Detran, também prestam serviços no local a Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec), o Sistema Nacional de Emprego (Sine Municipal e Estadual), o Procon Estadual, o Corpo de Bombeiros Militar (CBM) e a Setasc.
A Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) também foi um dos órgãos estaduais que tiveram o maior número de serviços procurados, com mais de 8 mil atendimentos para emissões e entregas da Carteira de Identidade Nacional (CIN).
A secretária de Assistência Social e Cidadania, Grasi Bugalho, ressaltou que o número expressivo dos atendimentos no local reforça o compromisso em oferecer um atendimento de qualidade a todos aqueles que precisam dos serviços do Centro.
“Os mais de 78 mil atendimentos só mostram a importância do CEC para a população. O Centro está disponível com a oferta do maior número possível de serviços públicos, concentrados em um só espaço, para atender da melhor forma aqueles que vêm em busca de atendimento”, afirmou.
A coordenadora do Centro Estadual de Cidadania, Aciele Miranda da Silva, destacou que ter um espaço com diversos serviços facilita o acesso aos cidadãos.
“O fato de ser uma parte descentralizada da Setasc, situada em um local de fácil acesso, faz com que as pessoas que possuem maior dificuldade de encontrar os serviços, consigam ser atendidas mais rapidamente, não havendo a necessidade de irem a outros lugares. E isso refletiu no número de atendimentos que realizamos de janeiro a junho. Agradecemos à população por confiar no nosso trabalho. Estamos à disposição para atender cada vez com mais qualidade e eficiência”, disse a coordenadora da unidade.
Outro órgão com número expressivo da atendimentos foi o Sine-MT. Foram mais de 6,8 mil atendimentos. Entre eles a captação de vagas de emprego, orientação para emissão de carteira de trabalho digital, intermediação de mão de obra e habilitação de seguro desemprego.
A Setasc ainda ofertou mais de 19,6 mil atendimentos para tirar dúvidas, solicitar informações, orientações gerais e ações de cidadania. Já no Procon-MT houve o registro de 1,2 mil atendimentos, entre eles de abertura de processo de reclamação e orientações.
O Corpo de Bombeiros, o mais novo serviço a ser integrado ao CEC, realizou 210 atendimentos entre maio e junho, como liberação de alvarás, regularização contra incêndio e pânico e projetos diversos.
Morador do bairro São Mateus, em Várzea Grande, o colombiano Filadelfo Paternina Salgado aproveitou o espaço com diversos atendimentos. Ele procurou atendimento do Procon em visita anterior, e retornou ao local para fazer a abertura do processo para emitir a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
“Além de o atendimento ser muito bom, também é rápido. Gosto de vir aqui porque os serviços são diversos e resolvo tudo no mesmo lugar, sem precisar andar de um lado para o outro. Falo para meus vizinhos e amigos virem aqui porque é perto e tem um atendimento excelente. Estão de parabéns pelo espaço”, declarou.
O horário de atendimento ao público no CEC é das 10h às 18h, de segunda-feira a sexta-feira. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (65) 3694-0503.
A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.
A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.
De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.
A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.
Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.