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MATO GROSSO

Unidade móvel de saúde da mulher irá atender reeducandas de Cuiabá por intermédio do GMF

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O Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo de Mato Grosso (GMF-MT) fez uma parceria com o Sistema Fecomércio para levar a Unidade Móvel Sesc Saúde Mulher à penitenciária feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, e irá atender as reeducandas com várias modalidades de atenção à saúde da mulher. 
 
Os atendimentos serão realizados durante um mês, entre 15 de novembro e 15 de dezembro. A equipe é composta por técnica de radiologia, enfermeira e educadora em saúde. 
 
Na unidade, são realizados exames de mamografia e citopatológico para rastreamento do câncer do colo do útero e do câncer de mama, e encaminhamento para diagnóstico e tratamento. 
 
“Foi uma parceria muito boa, o presidente do Sistema Fecomércio foi muito receptivo com a nossa solicitação e estamos com boas expectativas. Teremos equipamentos para exames de imagem, como mamografia e ultrassom, e conseguiremos atender todas as reeducandas”, afirmou a juíza responsável pelo Eixo Saúde Mental no GMF, Suzana Guimarães Ribeiro. 
 
A estimativa é atender toda a população carcerária da unidade, cerca de 300 reeducandas, entre 10 a 15 dias, e depois a unidade móvel estará disponível para atender familiares das reeducandas e o público do bairro Pascoal Ramos. 
 
A magistrada afirma ainda que o eixo tem trabalhado em diversas frentes, visitando o interior do estado, unidades de saúde mental, como CAPS e UPAs, para verificar o fluxo de atendimento, além de compor um grupo de trabalho que busca melhorias no Sistema Único de Saúde (SUS) em Mato Grosso. 
 
#Paratodosverem 
Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Descrição da imagem: foto vertical colorida de uma mulher em pé com uniforme falando para duas mulheres sentadas em cadeiras e ao fundo um caminhão escrito Sesc Saúde Mulher e abaixo um gramado, em uma área externa.
 
Mylena Petrucelli 
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT 
imprensa@tjmt.jus.br
 
 
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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