Realizada nos meses de abril e maio de 2024, a pesquisa contou com a participação de 2.026 pessoas em todas as capitais do país, distribuídas de acordo com as regiões, sendo Sudeste (41%), Nordeste (30%), Norte (11%), Sul (10%) e Centro-Oeste (8%).
Entre as situações de corrupção e ilegalidades apresentadas aos entrevistados, duas práticas se destacaram como mais aceitáveis: a oferta de dinheiro para evitar multas de trânsito, com 5,2 pontos, e a oferta de alimentos a policiais em troca de proteção, com 3,2 pontos.
No extremo oposto das condutas inaceitáveis, que geram repúdio, destaque para três delas: funcionário fantasma – ser admitido formalmente como agente público, mas não trabalhar de fato (1,2 pontos), a chamada “rachadinha” – ser admitido como agente público (1,4). Ambas são hipóteses de crime de peculato. E a corrupção eleitoral praticada por candidatos e seus cabos eleitorais que compram votos (1,7)
Aliás, a compra de votos se mostrou como uma prática repudiada, com 54% dos entrevistados afirmando ter conhecimento desse tipo de crime nos últimos 10 anos. Esse percentual sobe para 72% na região Norte e 65% no Nordeste, enquanto no Sul registra 41%, ainda um índice considerável.
Quando questionados sobre o valor médio pago por voto, os resultados apontam para a região Sul seria de R$ 142 e, no Nordeste, R$ 124.
Os dados também apontam para a falta de conhecimento e confiança nos canais de denúncia, com apenas 20% dos entrevistados afirmando conhecer e acreditar que funcionam.
É fundamental, segundo os pesquisadores, fortalecer os mecanismos de controle e transparência, além de promover a educação para a cidadania e punir com rigor os responsáveis por atos corruptos.
Os resultados da pesquisa são cruciais para estimular o debate público e a construção de um Brasil mais justo e ético. A conscientização da sociedade em relação à corrupção é essencial para a escolha de representantes comprometidos com a transparência e integridade, principalmente em anos eleitorais.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.