Connect with us

MATO GROSSO

Judiciário visita projeto social que une esporte e inclusão em Porto Esperidião

Publicado

em

Durante a realização da segunda etapa do projeto Ribeirinho Cidadão – Expedição Rota das Águas, o Poder Judiciário de Mato Grosso conheceu de perto o projeto “Escolinha do Pipoca”, em Porto Esperidião. A iniciativa oferece aulas gratuitas de futebol às crianças do município, com foco na inclusão e integração entre crianças típicas e neuro divergentes, e atende atualmente 80 meninos e meninas.
 
O projeto que foi criado e é coordenado pelo servidor público municipal Saulo Alves Barbosa, popularmente conhecido como Pipoca, foi contemplado por um acordo homologado pela Justiça Estadual em um processo movido pelo Ministério Público Estadual e recursos foram destinados para a aquisição de materiais esportivos.
 
“Aqui no projeto nós não treinamos para competição, treinamos para inclusão e o resultado é a transformação pela qual a criança passa. Aqui a gente ensina, mas aprendemos muito mais com as crianças”, explicou o treinador.
 
O promotor de Justiça Pedro Facundo Bezerra atuou no processo e destacou a importância de iniciativas dessa natureza.
 
“Todas as crianças são bem-vindas aqui e o projeto está sendo muito abraçado pelas mães e familiares das crianças que estão dentro do espectro autista e são neuro divergentes. Aqui temos crianças autistas, nível de suporte 3, não-verbais, que possuem dificuldades para ir à escola, mas que adoram vir ao campo para participar das atividades. Aqui tem essa semente da socialização, esse é o grande diferencial desse projeto. É uma iniciativa que o sistema de justiça abraçou, está ajudando e que outras instituições também podem ajudar. Todo apoio é bem-vindo”, pontuou o promotor.
 
A juíza em substituição legal da comarca de Porto Esperidião, Marília Augusto de Oliveira Plaza, ficou encantada com o trabalho que promove o desenvolvimento integral das crianças do município.
 
“O esporte muda a vida de qualquer pessoa, principalmente nessa fase inicial da vida, entre os 5 e 10 anos. Nós entendemos que essa prática é fundamental para o desenvolvimento infantil e mostra que o Poder Judiciário pode transformar a realidade da comunidade local”, disse a magistrada.
 
Tayne Neves Ribeiro é mãe do pequeno Heitor, de 5 anos, e já conseguiu visualizar muitas evoluções no desenvolvimento do seu filho após o ingresso nas aulas gratuitas de futebol.
 
“Essa oportunidade de terapia para os nossos filhos é muito boa. O nosso município é muito deficiente nessas questões de psicoterapia e não consegue atender todas as crianças. Quando a gente traz os nossos filhos para cá, estamos dando a oportunidade da criança se desenvolver e interagir com outros. O meu menino mesmo não se enturmava com ninguém, agora ele está muito bem, não está mais agressivo. Graças a Deus, é um projeto muito bem-vindo e muito bom”, agradeceu Tayne.
 
Projeto pode crescer ainda mais – De acordo com o promotor de Justiça Pedro Facundo Bezerra, o projeto pode absorver uma maior demanda de crianças da cidade se houver mais apoio da sociedade civil organizada e de outras instituições públicas, privadas e do terceiro setor. Ele explicou que a aquisição de materiais esportivos, como coletes e chuteiras, foi estimada para 30 crianças, mas que, em pouco tempo, o número de participantes passou para 80.
 
“Fizemos um projeto para contemplar 30 crianças, mas hoje o projeto atende 80 garotos e garotas. Por isso, peço à sociedade civil que também apoie o projeto que já vem dando certo no município de Porto Esperidião”, pediu o promotor.
 
#Paratodosverem. Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Descrição de imagem. Foto 1: crianças jogam bola em campo de futebol. Elas estão contra-luz e aparecem apenas suas silhuetas com as bolas aos pés. Foto 2: crianças estão de mãos dadas em círculo, elas usam colete amarelo e chuteiras. Foto 3: juíza Marília Augusto de Oliveira Plaza, ela é uma mulher de pele clara, cabelos lisos, médios e castanhos, usa a camiseta do Ribeirinho Cidadão e um par de brincos de argola.
 
Laura Meireles/ Fotos: Alair Ribeiro 
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT 
imprensa@tjmt.jus.br
 
 
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

Continue Lendo

MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

Publicado

em

Por

A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

Continue Lendo
WhatsApp Image 2024-03-04 at 16.36.06
queiroz

Publicidade

Câmara de Vereadores de Porto Esperidião elege Mesa Diretora