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MATO GROSSO

Palestras reforçam importância de ações no enfrentamento da violência doméstica contra a mulher

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Durante o evento anual “Eu Digo Basta! – Poder Judiciário contra a Violência Doméstica e Familiar”, promovido na manhã desta segunda-feira (8 de julho), pela Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (Cemulher-MT), a delegada Judá Maali Pinheiro Marcondes foi uma das palestrantes. Ela, que é titular da Delegacia Especializada em Defesa da Mulher de Cuiabá falou sobre os dispositivos de proteção que estão à disposição das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.
 
Com a palestra “O papel da Delegacia em Situações de Violência Doméstica e Familiar”, a delegada evidenciou a necessidade do olhar e escuta mais apurados e humanizados no atendimento às vítimas. “A mulher que sofre violência patrimonial geralmente está vivendo muito mais que nesse contexto. Por muitas vezes, apurando mais detalhadamente, ela vive, pelo menos e também, a violência psicológica. Os diversos tipos de violências apresentam vínculos”, apontou.
 
A palestrante mostrou os canais existentes que as mulheres requeiram medida protetiva, as situações pelas quais é possível realizar essa solicitação on-line (https://sosmulher.pjc.mt.gov.br/), sem necessidade de deslocamento até uma delegacia como também o funcionamento do aplicativo SOS Mulher, conhecido como Botão do Pânico. Dispositivos desenvolvidos em parceria entre o Poder Judiciário e a Polícia Civil de Mato Grosso. Os momentos para acionamento da Patrulha da Mulher, do Programa Ser Família Mulher e da Casa da Amparo também foram esclarecidos.
 
Programa Indira – Já na palestra “Enfrentamento da Violência Doméstica que permeia Magistradas e Servidoras do Poder Judiciário”, os presentes puderam conhecer mais sobre os eixos norteadores (preventivo, operacional e emergencial) e atividades integradas do “Programa Indira: pelas mulheres do Poder Judiciário de Santa Catarina”, apresentado pela juíza coordenadora do Programa, Naiara Brancher.
 
A magistrada ainda abordou o histórico registrado na magistratura brasileira de elaboração de propostas para atendimento às magistradas e servidoras em situação de violência e como tais iniciativas transformaram-se em recomendações de políticas institucionais pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), assim como os Tribunais de Justiça que já adotaram espaços próprios de acolhimento ao público feminino interno (Santa Catarina, Mato Grosso, Ceará, Maranhão, Piauí e Alagoas). “É uma realidade estrutural. E, ao politizar esse sofrimento dando voz à vítima, mostra-se que não é uma situação individual e sim coletiva. Além de acolher, a instituição dá luz ao conflito e se posiciona de forma ativa para fomentar a sua erradicação”.
 
Orientação é prevenção – Para o psicólogo Dyumdy Araújo Makishi, que atua como psicólogo credenciado no Fórum de Barra do Garças (511 km de Cuiabá) promovendo rodas de conversa com os autores de violência, conhecer as ações e canais de acolhimento existentes no Judiciário mato-grossense para atendimento às mulheres do público externo e interno, permitirá a ampliação desse acolhimento às vítimas naquela Comarca. “A gente vê que tem demanda e que não sabíamos a quem recorrer. Agora, queremos ir além”.
 
Para Lígia de Campos, servidora da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar de Cuiabá, a programação do evento ajuda a disseminar o assunto, quebrando paradigmas. “É um assunto que a gente tem que falar até ficar comum para que as pessoas não tenham vergonha e entendam que a violência pode acontecer com qualquer mulher e que ela não é culpada”, evidenciou.
 
Faiga Silva e Juliete Almeida, credenciadas no Fórum de Barra do Bugres (164 km de Cuiabá), concordam. “É muito interessante todo esse conhecimento”, apontou Juliete. “A gente, geralmente, fica focada no atendimento das usuárias que passam por essa situação, mas não focamos no público interno. É importante lembrar que todas estamos suscetíveis”, completou Faiga.
 
Também participaram do evento a diretora do Fórum de Cuiabá, juíza Edleuza Zorgetti Monteiro da Silva, a presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB-MT, Lívia Quintieri e a segunda subdefensora pública-geral do Estado, Maria Cecilia Alves da Cunha.
 
Cronograma – Nos dias 9 e 10 de julho (terça e quarta-feira) haverá na programação a capacitação de facilitadores por meio de palestras que tratarão sobre os “Desafios no Acolhimento e no Atendimento Humanizado”, ministrada pela promotora de Justiça de Defesa da Mulher de Natal (RN), Érica Verícia Canuto de Oliveira Veras.
 
O juiz-auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ-MT), Eduardo Calmon de Almeida Cezar falará sobre a experiência do “Cartório Inclusivo – Integral para Valorizar”; o “Programa Reflexão e Sensibilização para Autores de Violência Doméstica e Familiar”, apresentado pela secretária da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (Cevid/TJSC), Michele de Souza Gomes Hugill; e a importância da “Comunicação Assertiva”, exposta pelo juiz titular do 3° Juizado Cível de Cuiabá, Jeverson Luiz Quintiery.
 
Leia mais sobre o evento: 
 
Talita Ormond 
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT 
imprensa@tjmt.jus.br
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Fonajude: ação social será realizada em Mato Grosso durante o 54º Fórum Nacional de Juizados

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Cuiabá, que entre os dias 27 e 29 de novembro será palco para o 54º Fórum Nacional de Juizados Especiais (Fonaje), irá sediar a primeira edição do Fonajude, uma ação social especial voltada para a melhoria da qualidade de vida e acesso a direitos e serviços sociais básicos das comunidades que recebem o Fórum.
 
Nesta primeira edição, a comissão organizadora do Fonajude escolheu abraçar as “Obras Sociais Seara de Luz”, uma instituição filantrópica fundada em 11 de maio de 2018 e que, desde então, vem promovendo transformações sociais. Essa instituição dedica-se à promoção de ações que defendem e efetivam os direitos socioassistenciais para famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
 
Segundo a juíza Patrícia Ceni, representante do Judiciário mato-grossense na comissão organizadora da ação social, o Fonajude não apenas fortalece o Fórum Nacional dos Juizados Especiais, mas também promove a democratização e a justiça social, aspectos essenciais para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e inclusiva.
 
Conforme a magistrada, os inscritos no Fonaje são convidados a colaborar, seja por meio de contribuição voluntária, visitação ou simplesmente compartilhando esta causa com seus conhecidos. “Sua participação é fundamental. Juntos, podemos promover mudanças significativas, enraizar políticas sociais renovadas e fazer a diferença na vida de muitas pessoas. Vamos unir forças e mostrar que podemos construir um futuro melhor para todos.”
 
Também integram a Comissão os juízes(as) Ângelo Bianco (TJCE), Fernando Ganem (TJPR), Erick Linhares (TJRR), Márcia Mascarenhas (TJBA) e Beatriz Junqueira (TJMG).
 
Criação – A juíza Patrícia Ceni explica que a criação do Fonajude foi aprovada na última edição do Fonaje, realizada em Mato Grosso do Sul, em maio. “No primeiro momento, o nosso objetivo era a possibilidade de ajudar o Rio Grande do Sul com tudo aquilo que estava acontecendo. Colegas que estavam vindo e não podiam mais vir, toda a tragédia, a fome, as mortes, a ausência de alimentos, água, enfim, de absolutamente tudo. A iniciativa partiu justamente disso, da possibilidade de que, utilizando o Fonaje, que é um fórum nacional extremamente respeitado, formado por juízes de juizados do Brasil inteiro, nós pudéssemos ajudar os locais que vão sediar os dois encontros anuais que nós temos.”
 
A magistrada destacou que “Obras Sociais Seara de Luz” tem como uma de suas voluntárias a juíza Maria Rosi de Meira Borba, que é a presidente da Associação Mato-grossense de Magistrados (Amam) e juíza de um juizado especial, que é o Juizado Especial Criminal Unificado de Cuiabá. “Todo mundo conhece as obras da Seara de Luz e conhece a dedicação da Maria Rosi. Através da inscrição, tem ali um link que explica um pouco do que se trata e conclama a todas as pessoas que fizerem a sua inscrição a doarem qualquer valor para a instituição”, explica.
 
“É a primeira edição, a gente quer que isso se estabilize, se fortaleça e que a partir daqui de Cuiabá, que vai ser o marco inicial, ele seja algo que cresça, assim como o Fonaje, e se torne referência nacional, porém na parte social. É uma forma de todos nós magistrados que integramos o sistema, que é um sistema que prima pela celeridade, pela simplicidade, pela informalidade, de ajudar as comunidades que nos recebem, e de alguma forma mudar a vida dessas comunidades, nem que seja através da doação de tempo de qualidade ou da doação de algum valor que possa ser empregado em um projeto muito maior.”
 
Chave Pix das Obras Sociais Seara de Luz:
 
34.305.618/0001-81
 
 
Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail esmagis@tjmt.jus.br ou pelos telefones (65) 3617-3844 / 99943-1576.
 
Lígia Saito
Assessoria de Comunicação
Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT) 
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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