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MATO GROSSO

Sonda hidráulica criada pela Metamat reduz degradação do solo e favorece mineração sustentável

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A Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat) criou, com apoio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), a primeira sonda hidráulica para aluvião do país.

A sonda fica acoplada a um trator de pneu tração e é projetada para trabalhar como um conjunto único, que permite perfurar perfis de sedimentos recentes, como o aluvião, potencialmente mineralizados com minerais pesados, como ouro, diamante e cassiterita, etc.), mantendo a coluna de perfuração revestida.

Ao atingir a área mineralizada, a máquina consegue extrair o material, por meio de uma bomba de sucção, possibilitando a obtenção de uma amostra dos minerais reduzindo o impacto ambiental.

Chamado Egasus, o equipamento, desenvolvido pelo geólogo da Metamat Antônio João e sua equipe, e fabricado por meio do Termo de Fomento da Metamat, que viabiliza recursos para executar o Projeto Garimpo Sustentável, foi entregue no mês de junho.

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, observa que a sonda Egasus foi produzida com base em parâmetros mecânicos, hidráulicos e de segurança, o que o permite ser replicado e fabricado sob pedido.

“Iniciativas como essa são fantásticas e precisam ser multiplicadas no serviço público. A Egasus irá reduzir a degradação, minimizando riscos exploratórios e atendendo demandas do Estado. O dinheiro investido no equipamento vem da própria mineração, da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), que é repassada pela Sedec. Essa é uma prática do governador Mauro Mendes, devolver os impostos, o dinheiro do contribuinte, em obras e serviços”, destaca o secretário.

A Egasus foi direcionada principalmente a promover a regularização e o fomento da atividade de mineração nas comunidades garimpeiras que vivem em regiões tradicionais, durante o 1° Ciclo do Projeto Garimpo Sustentável.

“Milhares de garimpeiros já foram identificados na primeira fase do projeto. A sonda é mais uma iniciativa do Governo de Mato Grosso, de fomento à pesquisa e de incentivo à garimpagem legal, contribuindo, ainda, para o resgate cultural das comunidades garimpeiras tradicionais”, afirma o presidente da Metamat, Juliano Jorge Borazynski.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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