Em uma reviravolta de última hora, a greve dos motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo, que estava programada para começar à meia-noite desta quarta-feira (3), foi cancelada na noite desta terça-feira (2). A informação foi confirmada pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Milton Leite (União).
A mudança ocorreu após a intervenção do parlamentar, que na noite desta terça-feira se reuniu com representantes do Sindmotoristas —que representa a categoria— e da SPUrbanuss, o sindicato patronal, para intermediar um acordo.
A confirmação inicial da greve ocorreu após uma série de reuniões entre o Sindmotoristas —que representa motoristas e outros funcionários das empresas de ônibus—, o sindicato patronal e representantes de órgãos públicos.
Houve encontros no TCM (Tribunal de Contas do Município), no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) e uma última negociação entre patrões e trabalhadores, no final da tarde desta terça-feira. O impasse prevaleceu.
Na audiência de conciliação no TRT, o SPUrbanuss, que representa as empresas de ônibus, ofereceu um aumento salarial de 3,6% aos trabalhadores, sem conceder outros aumentos reivindicados pela categoria.
Os trabalhadores pedem reajuste de 3,69% pelo IPCA (inflação oficial), mais 5% de aumento real e reposição das perdas salariais durante a pandemia na ordem de 2,46%, índice calculado com base em dados do Dieese.
Além disso, reivindicam jornada de trabalho de 6h30 com 30 minutos de intervalo remunerado, vale-refeição mensal com valor diário de R$ 38, participação nos lucros e resultados, e seguro de vida equivalente a dez salários mínimos para os motoristas.
“Vamos para a greve, não tem mais saída”, disse o presidente do Sindmotoristas, Edivaldo Santiago, sendo aplaudido pelos trabalhadores.
Ao final da reunião, o diretor de organização e relações de trabalho do Sindmotoristas, Nailton Francisco de Souza, disse que, caso as empresas apresentem uma proposta sobre a nova jornada de trabalho ou para a reposição das perdas pela inflação e para o vale-refeição, o sindicato poderá convocar uma assembleia de trabalhadores para esta quarta-feira.
“Se isso acontecer, amanhã os trabalhadores estarão mobilizados para uma assembleia da categoria, em vez da paralisação”, afirmou Souza na reunião.
No último dia 6, os motoristas haviam rejeitado a paralisação, quando uma mesa técnica instalada no TCM continuaria as negociações entre empresas e funcionários.
A suspensão anterior também havia sido intermediada pela Justiça do Trabalho e pelo vereador Milton Leite.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.