Integrantes do movimento Não a este PPCub como foi votado realizaram, na manhã e tarde deste domingo (30), um ato de conscientização da população para os riscos urbanísticos e ambientais que o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub), recém-aprovado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, traz para Brasília. Organizado a partir das redes sociais, o grupo já tem mais de 500 membros.O evento teve a participação de Paulo Niemeyer, bisneto de Oscar Niemeyer.
“A gente conseguiu uma vitória com este grupo de mais de 500 mobilizadores, entre especialistas, líderes comunitários, intelectuais e pessoas da sociedade civil. É uma turma muito séria e conectada com o que queremos para a Brasília do futuro” , destacou Paulo Niemeyer.
“Esse PPCub não foi feito em 15 anos de maneira seguida. Houve paralisações neste processo, grupos entraram e saíram, então ele virou uma colchinha de retalhos. É importante entender que, para que fosse perfeito, teria de ser feito do zero, como já disse o professor José Leme Galvão. Só que isso vai demandar muito tempo. Então é preciso tomar cuidado, não jogar fora o que é bom e modificar aquilo que está grave. Penso que, se permitirem que a população e especialistas em patrimônio, junto a urbanistas, participem, esse plano demoraria menos tempo para ficar pronto, e com uma cara nova” , avalia.
Angelina Nardelli também alerta para outro ponto: o fato de que Brasília é um patrimônio cultural da humanidade, pela Unesco.
“Não dá para ficar tratando a cidade como se ela fosse convencional. Ela não é. Por não ser convencional, estamos em uma lista seleta, que representa os bens patrimoniais do mundo. O mínimo era que esse PPCub parasse agora e sentássemos com todos os especialistas que fizeram críticas claras e pontuais, todas baseadas em assuntos muito sérios e grandes pesquisas, e reformulassem o PPCub para que, de fato, a proteção da cidade acontecesse” , destaca.
A posição de Angelina Nardelli coincide com a de Paulo Niemeyer, bisneto de Oscar Niemeyer. Ao GPS Brasília , ele afirmou que ainda crê ser possível fazer um debate claro e trazer a pauta de Brasília para a discussão com a população. “O momento é de um debate sério, com todos. Brasília é uma cidade fantástica, com as escalas gregária, bucólica e histórica. Ela tem uma importância vital para o Brasil e a soberania nacional. Precisamos entender também que a questão ambiental, que é vital também” , afirma.
“Eu ajudei a desenhar vários projetos dele. E Brasília era pauta constante. Brasília não tem que ser uma cidade de arranha-céus. Qualquer questão que tire a área verde ou o vazio da arquitetura, como o Oscar dizia, que pode ser o espaço entre os prédios, é muito vital. A gente tem que ter solução para uma Brasília melhor, que é organizar o que ela já tem, como está, melhorar as coisas e proteger as quadras” , conclui.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.