A Ucrânia realizou um ataque aéreo a uma praia próxima da cidade de Sebastopol, na península da Crimeia , região anexada pela Rússia , no último final de semana. De acordo com o governo russo, os mísseis deixaram quatro crianças mortas, entre elas duas crianças, além de aproximadamente 100 feridos. Em vídeo repercutido nas redes sociais (veja abaixo), é possível ver dezenas de pessoas fugindo para escapar do ataque.
Até o momento, a Ucrânia não se manifestou sobre o episódio. Já a Rússia, por sua vez, responsabilizou os Estados Unidos . De acordo com o Kremlin, o governo norte-americano forneceu os mísseis ao Exército ucraniano.
Além disso, o Kremlin alega que os militares dos EUA forneceram dados sobre a Crimeia para a Ucrânia. Oficialmente, o Ministério das Relações Exteriores prometeu retaliações aos Estados Unidos, aumentando a tensão;
“Vocês deveriam perguntar aos meus colegas na Europa e, acima de tudo, em Washington, os secretários de imprensa, por que os seus governos estão matando crianças russas”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em conversa com a imprensa local.
— What the media hides. (@narrative_hole) June 27, 2024
Até o momento, o governo russo não especificou sobre quais serão as retaliações cabíveis.
EUA se defendem
O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, comentou que Washington apenas fornece armas à Ucrânia “para que ela possa defender seu território soberano, incluindo a Crimeia”.
Ao mesmo tempo, o porta-voz do Pentágono, major Charlie Dietz, reforçou que a “Ucrânia toma suas próprias decisões sobre alvos e conduz suas próprias operações militares”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.