Entre 2023 e março deste ano, a Secretaria de Saúde ( SES-DF ) realizou mais de cem mil cirurgias eletivas e de urgência. Foram cerca de 20 milhões em custeio para os procedimentos contratados na rede complementar. Como reflexo, em 2024, as equipes atenderam 20.527 pessoas em apenas três meses.
Os números representam o esforço da pasta na redução das listas de espera na rede pública. Os contratos fechados pela SES-DF permitiram a realização de forças-tarefas, especialmente em cirurgias eletivas. Se comparado ao ano anterior, 2023 registrou um aumento de mais de três mil operações, com um total de 86.943 procedimentos, sendo 66.713 de urgência e 19.635 eletivas.
“Operamos com afinco no último ano e, em 2024, estamos mantendo o ritmo. Com a chegada dos 150 novos anestesistas , devemos realizar ainda mais. São cerca de 26 mil procedimentos contratados”, garante a diretora de Serviços de Urgência e Cirurgia da SES-DF, Juliana Leão.
Nos últimos anos, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da SES-DF, empenhou ainda R$ 30 milhões na contratação de novos profissionais, resultando no aumento da oferta de atendimentos e cirurgias. Até abril de 2024, o DF já havia chegado à marca de mais de 27 mil trabalhadores contratados para compor o quadro da pasta, entre os quais estão cerca de sete mil médicos.
O esforço na ponta
O serralheiro Francisco Guimarães, 56, passou, em maio deste ano, por uma cirurgia de hérnia inguinal no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Sua esposa, Norma Guimarães, destaca que o processo foi rápido. “Em menos de um mês a cirurgia foi marcada. Chegamos às 8 horas da manhã no HRC, o médico explicou todos os detalhes de como tudo iria acontecer. Às 15h, já estávamos acomodados no quarto para esperar a recuperação dele”, conta. “O cuidado e a atenção da equipe médica e de enfermeiros foi excepcional”, complementa.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.