A paratleta de tênis de mesa Carla Maia Azevedo garantiu a classificação para os Jogos Paralímpicos de Paris-24. Praticante da modalidade há 20 anos, ela também trabalha como repórter na TV Brasil. Atleta desde a infância, quando praticava ginástica olímpica e atletismo, aos 17 anos ela ficou tetraplégica. Inicialmente, acreditava que a carreira esportiva havia chegado ao fim, mas a paixão pelo esporte foi revivida quando começou a jogar tênis de mesa no Hospital Sarah, onde aprendeu a jogar com a raquete amarrada à mão.
O ponto de virada na carreira de Carla ocorreu graças ao programa Compete Brasília. Em 2023, ela solicitou uma passagem para jogar na Polônia, onde conseguiu a reclassificação para a Classe 1, que corresponde melhor ao nível de mobilidade dela. Esse marco foi crucial, pois permitiu que Carla competisse em igualdade de condições, resultando em uma ascensão no ranking mundial e na classificação para os Jogos Paralímpicos de Paris-24.
“O Compete Brasília foi essencial para minha classificação. As viagens para a Polônia e a Tailândia, possibilitadas pelo programa, influenciaram diretamente na minha convocação para a Paralimpíada. O meu sonho sempre foi ir para a Paralimpíada e a minha maior motivação era essa. Finalmente chegou a minha vez” , afirma Carla.
Com a proximidade dos Jogos de Paris-24, Carla está replanejando a rotina para maximizar o desempenho. “É um momento épico na vida de qualquer atleta. Vou dar o meu melhor e representar Brasília e o Brasil com muito orgulho” , diz. Além das conquistas esportivas, Carla destaca o impacto transformador do esporte em sua vida pessoal e profissional. A carreira de repórter, iniciada graças à experiência como atleta, é um dos exemplos de como o esporte pode abrir portas e criar novas oportunidades.
Para jovens PCD que desejam ingressar no esporte, Carla aconselha resiliência e estratégia. “É preciso acreditar no processo e aproveitar cada oportunidade. Não desistam dos seus sonhos” , aconselha. Após as Paralimpíadas de Paris-24, Carla planeja continuar competindo e buscar novas conquistas na Classe 1, aproveitando a longevidade possível na carreira de atletas com limitações severas. O foco agora é dar o máximo em Paris e conquistar uma medalha.
O programa O Compete Brasília segue gerando resultados expressivos no esporte brasiliense e, ao mesmo tempo, ocupando um lugar privilegiado na trajetória esportiva dos atletas da nossa cidade. Sesenvolvido pela Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF), é uma iniciativa que oferece aos atletas, por meio de passagens aéreas e terrestres, a oportunidade de competirem tanto nacional quanto internacionalmente.
Cumprindo o papel de agente fomentador do esporte, o programa beneficiou, no primeiro semestre deste ano, mais de 1.700 atletas de todo o DF. O investimento soma mais de R$ 2,9 milhões. Esse apoio tem sido fundamental para o desenvolvimento e sucesso de muitos atletas.
O secretário de Esporte e Lazer do DF, Renato Junqueira, explica que o programa Compete Brasília continua a desempenhar um papel vital no desenvolvimento de atletas. “O Compete Brasília vem proporcionando recursos e oportunidades que transformam sonhos em realidade. A história de Carla Maia é um exemplo inspirador do impacto positivo desse apoio, evidenciando o compromisso da pasta em promover o esporte e a inclusão” , destaca.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.