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MATO GROSSO

Índice de homicídios em Cuiabá reduz 60%; delegado avalia que resultado é fruto de investimentos do Governo de MT em segurança

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A taxa de homicídios estimados em Cuiabá reduziu 59,9% em dez anos, conforme o Atlas da Violência, divulgado na terça-feira (18.06) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

O diretor metropolitano da Polícia Judiciária Civil, delegado Wagner Bassi Junior, avalia que o desempenho da segurança pública na Capital é resultado de ações integradas do Governo de Mato Grosso, que tem realizado investimentos expressivos na Segurança Pública desde o início da gestão.

“A Capital apresentou uma redução na taxa de homicídios de 59,9% nos últimos 10 anos, o que demonstra uma a eficiência do sistema que tem sido adotado, com altos investimentos em tecnologia, em capacitação dos servidores, treinamento e estrutura da unidade que investiga os homicídios”, destaca o delegado.CLAS7674.jpg

De acordo com o levantamento, Cuiabá é uma das três capitais mais seguras do país, tendo registrado, em 2022, a taxa de homicídio de 15,2% por 100 mil habitantes. A capital mato-grossense fica atrás apenas de Florianópolis (8,9%) e Brasília (13%).

Desde o início da gestão, em 2019, a redução acumulada no número de homicídios estimados foi de 14,6%. Para Wagner Bassi Junior, os indicadores refletem a sensação de segurança e normalidade junto à população.

O delegado ainda ressalta que os indicadores acompanham a forte atuação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, que apresenta uma taxa de resolução de inquéritos de 68%. Já o índice de localização de pessoas desaparecidas é de 98%.

“A DHPP de Cuiabá é reconhecida nacionalmente como referência nas investigações de crimes de homicídio e desaparecimento de pessoas, o que resulta em um índice extremamente alto de esclarecimento de homicídios, que atinge padrões internacionais. Isso faz com que o cidadão tenha uma sensação de segurança maior e a gente nota uma redução clara dos índices de homicídios ocorridos no município”, afirma.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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