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Mulheres negras lideram maioria das comunidades na Baixada Santista

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O perfil predominante das 37 lideranças comunitárias dos municípios de Santos, São Vicente, Guarujá, Cubatão e Peruíbe, na Baixada Santista (SP), é de mulheres que se autodeclaram negras, que representam 70% do total, e 96% delas não têm renda pessoal. Os dados são do  estudo Território e Comunidades da Baixada Santista, feito pelo Instituto Elos. 

A pesquisa também mostra que 62% atuam há mais de vinte anos como lideranças e 61% têm mais de 50 anos. O objetivo do estudo é identificar o panorama atual das lideranças, organizações e territórios da Baixada Santista pós pandemia, mapear o acesso aos bens e serviços públicos nos territórios e as condições institucionais ou não, das ações realizadas pelo fortalecimento comunitário na região.

Entre os desafios para atuar como lideranças nos territórios, os fatores mais indicados são a falta de acesso a recursos financeiros para manter associações comunitárias e a desmobilização (87% e 74% respectivamente). A falta de acesso às políticas públicas foi indicada como um desafio para 70% das lideranças entrevistadas. No entanto, de todo o universo da pesquisa, apenas 35% participam de conselhos ou de iniciativas de diálogos com o setor público.

A pesquisa foi lançada na mesma semana do dia 21 de junho, data instituída para comemorar o Dia da Educação Humana Não Sexista. A data existe desde 1991 e foi criada pela Rede de Educação Popular entre Mulheres da América Latina e do Caribe (Repem). 

“O que vemos é que existe uma dificuldade imensa de se manter e de manter esse trabalho social. E não só na pandemia, mas no pós-pandemia, porque ainda se enfrenta uma realidade de bastante vulnerabilidade social, com o agravamento da fome, da insegurança alimentar e quem está à frente dessas organizações são majoritariamente mulheres negras”, explicou a arquiteta e diretora de projetos do Instituto Elos, Natasha Gabriel.

Natasha destacou que essas mulheres à frente das organizações são aquelas que fazem um trabalho de cuidados social e coletivo, voltado para a economia do cuidado não só no ambiente doméstico e familiar, mas no coletivo por meio dos trabalhos sociais nos territórios. 

“Por isso falamos do tema da educação não sexista, porque a base de tudo é a educação. Ou seja, quando entendemos que a maioria das pessoas que estão preocupadas com a nossa sociedade, com esse cuidado cotidiano coletivo são mulheres, entendemos que precisamos realmente trabalhar uma série de valores, como a diversidade, a solidariedade, a empatia, a cooperação”, diz a diretora. 

Para Natasha, levando em consideração que muitas já estão na liderança há mais de 20 anos, seria necessário pensar em um arranjo social justo, porque além de exercerem essa função, são mulheres que muitas vezes têm um emprego formal remunerado e cuidam da casa e da família, mergulhando em jornada tripla. Segundo ela, 96% das lideranças atuam sem remuneração pessoal. 

“Por que a sociedade não reconhece isso como um trabalho que mereça alguma remuneração, já que ele é tão importante e fundamental para a transformação socioambiental? O ideal é que seja minimamente viável já que é tão importante”, questiona.

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Nova pesquisa mostra PP na liderança na OAB-MT; Gisela despenca e Xênia cresce

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Faltando apenas 12 dias para as eleições para a seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), a disputa ganha contornos de extrema emoção com o pleito mais disputado da história. É o que aponta pesquisa do instituto Índice Pesquisas, contratada pelo portal de notícias FOLHAMAX, revela que o candidato de oposição lidera a disputa.

Na segunda posição, estão tecnicamente empatadas a atual presidente Gisela Cardoso e a advogada Xênia Guerra, que representa uma divisão do atual grupo que comanda a entidade. A amostra foi realizada proporcionalmente com juristas do Estado.

Na modalidade espontânea, onde os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor, o advogado Pedro Paulo foi o mais lembrado, com 24%, mas com uma diferença de apenas meio ponto percentual, já que a atual presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, foi apontada por 23,5% dos entrevistados. Xênia Guerra aparece como intenção de voto de 18% dos juristas, enquanto Pedro Henrique teve o nome apontado por 1,5%. Segundo a pesquisa, 32,5% estão indecisos ou não votarão em nenhum e 0,5% citaram outros nomes.

Já na modalidade estimulada, onde os nomes dos postulantes à presidência da OAB-MT são divulgados ao eleitorado, Pedro Paulo abre uma distância maior, com 32,5%, contra 28% de Gisela Cardoso. Xênia Guerra aparece na terceira colocação, com 24%, enquanto Pedro Henrique registrou 3% dos entrevistados e outros 12,5% não souberam responder.

O Índice também projetou os votos válidos. Pelo cálculo, Pedro Paulo tem 37%; Gisela 32%; Xênia 27,5% e Pedro Henrique 3,5%.

O instituto ouviu 836 advogados, entre os dias 30 de setembro e 5 de novembro, por telefone. A pesquisa tem margem de erro de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. Não foi realizada amostragem sobre a rejeição aos candidatos. A eleição da OAB-MT será online, no dia 18 de novembro, das 9h às 17h, no horário de Cuiabá.

 

Fonte: OAB MT

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