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MATO GROSSO

Projeto de jiu-jitsu desenvolvido pela Polícia Civil reúne 50 crianças e adolescentes em Diamantino

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Um projeto da Delegacia da Polícia Civil em parceria com a Secretaria de Esportes de Diamantino está proporcionando uma alternativa esportiva e educativa gratuita para crianças e adolescentes, contribuindo para prevenir situações de vulnerabilidade social e afastá-los da criminalidade.
O projeto Diamantino Jiu-jitsu, iniciado há três meses com apenas seis alunos, atualmente reúne 50 crianças, adolescentes e alguns adultos. Através da prática da arte marcial milenar, os participantes têm a oportunidade não apenas de aprender o esporte, mas também de desenvolver habilidades como perseverança, disciplina, cidadania e liderança no tatame.

O projeto integra as ações sociais de Polícia Comunitária, dentro do programa De Cara Limpa Contra as Drogas da Polícia Civil. Para o delegado Marcos Bruzzi, titular da unidade policial de Diamantino e mestre na arte marcial, levar o esporte a dezenas de crianças é gratificante.

“Desde a adolescência iniciei no jiu-jitsu e é um sonho poder trazer esse esporte e contribuir com a inclusão de crianças e adolescentes, contribuindo para que não caiam em vulnerabilidade social e sejam atraídas para a criminalidade”, comentou o delegado, acrescentando que o esporte é uma poderosa ferramenta de educação, proporcionando aprendizados valiosos e na formação de caráter.

O tatame para as aulas semanais foi montado no espaço de uma antiga associação atlética na cidade. Os alunos se dividem em duas turmas na semana, com dois horários diferentes, reunindo a faixa etária de 11 a 16 anos e outra acima dos 17 anos até adultos.

A instrução da arte marcial é dividida entre os dois professores, mestres Gilmair Arruda e Marcos Bruzzi, ambos faixas pretas em jiu-jitsu e responsáveis pelo projeto, que tem a parceria da Secretaria de Esportes e Lazer do município.

“É uma nova proposta para a cidade, trazer crianças e adolescentes para a prática esportiva como ferramenta de educação e contribuir para a formação de cidadãos responsáveis”, destacou Gilmair.

Muitos alunos chegaram ao projeto movidos pela curiosidade e já se integraram à disciplina esportiva. “O jiu-jitsu está mudando minha educação dentro e fora do tatame, me ensinando a ter mais companheirismo e foco”, disse a adolescente Vitória Macêdo.

Para outro aluno do projeto, Gabriel Grolli, as aulas têm lhe passado conceitos de disciplina e respeito, que o ensinaram a se portar melhor também em outros ambientes.

O delegado Marcos Bruzzi destaca ainda que o fortalecimento à consciência do estudo é outra premissa incentivada durante as aulas para evitar a evasão escolar.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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