Eleitores de 21 países da União Europeia, incluindo França e Alemanha, votaram neste domingo (9) em uma eleição para o Parlamento Europeu que deverá deslocar a assembleia para a direita e aumentar o número de nacionalistas.
As eleições moldarão a forma como a União Europeia, um bloco de 450 milhões de cidadãos, enfrenta desafios que incluem uma Rússia hostil, o aumento da rivalidade industrial entre a China e os Estados Unidos, as alterações climáticas e a imigração.
A votação começou na quinta-feira (6) na Holanda, e em outros países na sexta e no sábado, mas a maior parte dos votos da UE será depositada no domingo, com França, Alemanha, Polônia e Espanha a abrirem as urnas e a Itália a realizar um segundo dia de votação.
O Partido Popular Europeu (EPP, da sigla em inglês), de centro-direita, deverá continuar a ser o maior grupo do Parlamento Europeu, colocando a sua candidata à liderança da Comissão Europeia, a atual Ursula von der Leyen, da Alemanha, na pole position para um segundo mandato.
No entanto, ela pode precisar do apoio de alguns nacionalistas de direita, como os “Irmãos de Itália”, da primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, para garantir uma maioria parlamentar, dando a Meloni e a seus aliados mais influência.
A inclinação à direita significa que o parlamento poderá estar menos entusiasmado com as políticas relativas às alterações climáticas e com as reformas necessárias para o alargamento da UE, ao mesmo tempo que pode facilitar medidas para limitar a imigração.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.