Em meio às discussões sobre a paridade salarial entre os policiais civis do Distrito Federal e seus colegas da Polícia Federal ( PCDF ), que está na mesa de negociações com o governo federal, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis ( Sinpol-DF ), Enoque Venancio de Freitas, destacou a importância dessa reparação histórica necessária em artigo ( leia abaixo na íntegra ) divulgado nesta sexta-feira (7).
“A greve dos policiais federais em 1994 foi um marco na busca pela igualdade salarial, e hoje continuamos na batalha pela valorização e reconhecimento da PCDF”, ressaltou.
Enoque reforçou que a simetria salarial não é apenas uma questão de cifras, mas de respeito e reconhecimento pelo trabalho árduo dos policiais civis do DF.
“Esses profissionais dedicam suas vidas à proteção da capital do país e merecem ser valorizados de forma justa e equitativa”, destacou.
Para o presidente do Sinpol-DF, a restauração da simetria salarial entre as corporações não é apenas uma demanda sindical, mas um imperativo moral e uma questão de justiça para com os investigadores.
“A valorização e dignificação dessa profissão são essenciais para a segurança dos cidadãos, e é hora de todos reconhecerem e apoiarem essa luta”, afirmou.
Leia o artigo:
Da paridade à desigualdade: passado e presente na história entre policiais civis e federais
Por Enoque Venancio de Freitas*
No cenário turbulento de 1994, um movimento histórico ecoou pelos corredores do sindicalismo brasileiro: a greve dos policiais federais em busca de igualdade salarial com seus colegas da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Há exatos 30 anos, essa demanda justa e urgente chamou a atenção do país e foi destaque nos jornais. Hoje, em 2024, a luta continua, mas dessa vez são os policiais civis do DF no centro dessa batalha por reconhecimento e valorização para alcançar simetria com os irmãos federais.
Naquela época, os policiais federais exigiam o cumprimento da lei n° 7.702/88 e da lei complementar n° 7.995/90, que determinavam de maneira expressa a isonomia salarial com a PCDF. Sob a liderança da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), eles lutaram incansavelmente por seus direitos, evidenciando a importância da paridade salarial entre as duas corporações.
Agora, em pleno 2024, os policiais civis do DF ainda enfrentam os desafios de uma simetria salarial perdida. Desde 2016, o Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF) tem sido incansável na batalha pela restauração dessa igualdade, sem qualquer intervalo. No entanto, os esforços parecem encontrar resistência nos corredores do poder.
A greve de 1994 dos policiais federais não foi apenas um momento isolado na história, mas um testemunho da relação simbiótica e histórica entre as duas corporações. Os policiais civis do DF, cientes de sua história e importância, não pedem mais do que o justo: o restabelecimento da simetria salarial com seus colegas federais.
A luta pela simetria salarial entre a PCDF e a PF não é apenas uma questão de cifras, mas de respeito e reconhecimento pelo árduo trabalho dos policiais civis do DF, que dedicam suas vidas a proteger e servir à capital do país. É hora de os governos reconhecerem essa dívida histórica e agirem com justiça e equidade.
Restabelecer a simetria salarial entre essas corporações não é apenas uma demanda sindical, mas um imperativo moral e uma questão de justiça com esses investigadores. Afinal, aqueles que colocam suas vidas em risco pela segurança e ordem pública merecem ser valorizados e respeitados, não apenas em palavras, mas em ações concretas.
Os policiais civis do DF não estão apenas lutando por si mesmos, mas por uma causa maior: a valorização e dignificação de uma profissão essencial para a segurança dos cidadãos. É hora de todos reconhecerem e apoiarem essa luta, pois recuperar a simetria salarial entre policiais civis e federais não é um privilégio, mas um direito fundamental desses trabalhadores do serviço público.
*Enoque Venancio de Freitas é oficial investigador de polícia veterano (aposentado) da PCDF e presidente do Sinpol-DF
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.